Seus planos após a aposentadoria incluem a possibilidade de mudar de país? Essa pode ser uma opção interessante para os aventureiros interessados em aproveitar a nova fase para explorar culturas e paisagens desconhecidas.

Para ajudar nessa decisão, a revista americana “International Living’’ publica anualmente um ranking dos melhores países para viver após encerrar a carreira. Na edição de 2016, o primeiro lugar coube ao Panamá, país da América Central com 3,6 milhões de habitantes.

Ser um país tropical banhado pelo mar do Caribe e pelo oceano Pacífico, com 2.490 quilômetros de costa (bem menos que os 7.491 km da costa brasileira) e muitas praias, certamente contou pontos, mas um dos principais atrativos apontados pela publicação é o programa Pensionado.

Criado em 1987 pelo governo panamenho, oferece uma série de descontos para aposentados: em despesas hospitalares (15%); em ingressos para filmes, teatros e concertos (50%); nas contas de energia (25%), entre outros. Os benefícios se aplicam aos estrangeiros. A exigência é comprovar uma pensão de pelo menos US$ 1.000 por mês (e ter mais de 18 anos). E não é obrigatório comprar um imóvel no país para se qualificar.

A lista dos dez melhores países para viver a aposentadoria, de um total de 23 analisados, traz três da América Central e um da América do Norte. América do Sul, Ásia e Europa surgem com dois representantes cada.

Atrás do Panamá estão, pela ordem, Equador, México, Costa Rica, Malásia, Colômbia, Tailândia, Nicarágua. Fechando a lista dos dez mais bem cotados aparecem Espanha, em 9º, e Portugal. O Brasil não figura na relação.

Os dois primeiros colocados inverteram suas posições em relação ao ranking de 2015, quando Equador ficou em primeiro, seguido pelo Panamá.

Os critérios adotados para elencar os países incluem custo de vida, qualidade e acesso aos serviços de saúde, segurança, clima, infraestrutura de serviços e benefícios para aposentados. E, como a publicação é voltada para o público norte-americano, também são avaliados itens como facilidade de viajar para os Estados Unidos e de encontrar nativos que falem inglês.

O grau de dificuldade para conseguir visto de residência também foi considerado. A coleta de dados para o chamado Índice de Aposentadoria é feita pelos colaboradores da publicação, com a participação de aposentados americanos que se estabeleceram em outros países e relatam suas experiência e necessidades.

Os resultados, claro, não são aplicáveis a todos os recantos de um país. Assim como no Brasil, essas nações têm diferenças de região para região, da capital para o interior, do litoral para o campo. O custo de vida, em especial, varia bastante dependendo do tamanho da cidade.

No quesito saúde, Colômbia e Malásia lideraram o ranking. Segundo a publicação, nos dois países é possível contar com hospitais equipados e médicos bem treinados, a preços acessíveis.

Em custo de vida, outro ponto importante do ranking, o Camboja surge como o destino mais atrativo. A revista informa que o aluguel de um apartamento em uma boa área da capital, Phnom Penh, não custa mais do que US$ 250 por mês. A Nicarágua também se destacou nessa questão, como o destino onde um aposentado pode ter uma vida confortável gastando US$ 1.200 por mês. Esse valor, diz a revista, inclui alugar um imóvel a uma pequena caminhada de distância da praia por US$ 400 ao mês.

No capítulo diversão, Panamá e Malásia empataram. O principal fator apontado foi que os dois países são paraísos para os apreciadores da boa mesa e oferecem uma variada agenda de atividades culturais. E, para os adeptos da vida ao ar livre, não faltam praias e áreas verdes.

A edição deste ano do ranking incluiu um novo critério, estilo de vida saudável, que teve a Costa Rica como destaque. Locais atrativos para atividades físicas ao ar livre e boa oferta de frutas, verduras e legumes produzidos localmente foram avaliados nesse quesito.

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