Mães e finanças: como relacionamos essas duas palavras e tudo que elas envolvem? Muita gente não imagina a importância da influência materna quando se trata de dinheiro. Minha mãe me ensinou sobre finanças mesmo sem perceber. A sua também fez o mesmo. E você, caso seja mãe, também ensinou e ensina aos seus filhos.

Façamos um primeiro exercício: feche os olhos e lembre-se do que ouvia de sua mãe a respeito de dinheiro. Se for o caso, lembre-se do adulto que tenha assumido esse papel em sua infância. Pense também em como ela agia com relação às finanças. Costumava gastar muito ou pouco? Costumava se endividar ou poupava? Trabalhava duro para pagar as contas ou não? O que ela dizia sobre pessoas ricas?

Você sabia que o que aprendemos na infância tendemos a levar para a vida? A forma como você lida com dinheiro hoje provavelmente tem muito a ver com a forma como sua mãe - ou adultos próximos em geral - também lidavam. Durante a infância, recebemos crenças sobre o dinheiro que são naturalmente aceitas em nosso subconsciente. Afinal, se hoje, como adultos, conseguimos distinguir o que faz sentido e aceitar- ou não - as informações que recebemos, na infância isso não acontece.

Durante os primeiros anos de vida, o cérebro está em plena formação e absorvemos, feito esponjas, tudo que recebemos. É por isso que podemos falar em uma espécie de herança mental financeira que vêm de nossos ancestrais. E sua mãe também a recebeu dos seus antepassados. Isso significa que a forma como sua bisavó tratava as finanças, por exemplo, influenciou sua avó, que influenciou sua mãe e que te influenciou. 

Uma das muitas mães e avós que ensinam as crianças a pouparem

Crédito: Bernardo Emanuelle/Shutterstock

Mães deixam herança mental e prática: qual a sua?

Minha mãe, por exemplo, me ensinou sobre a importância da autonomia financeira. Ela, que sempre se arrependeu por não ter continuado a contribuir para a aposentadoria quando parou de trabalhar, sempre disse às filhas que deveriam trabalhar, ganhar o próprio dinheiro e não depender de ninguém. Crescemos ouvindo isso.

Minha avó, por sua vez, também me ensinou um pouco sobre a administração do dinheiro, pois assim que começou a receber a pensão de vovô, dava mesada para todos os netos. A quantia era pequena, mas chegava todos os meses, o que fazia diferença.

Mães podem ensinar sobre finanças em muitos momentos. Por exemplo, em uma simples ida ao supermercado, quando explicam que não dá para levar tudo que uma criança quer. Ou em um dia de trabalho, quando mostram que ele é a primeira base para o recebimento de uma receita. Ou, ainda, em um momento de “bronca”, quando dizem que é preciso cuidar do que se tem “porque dinheiro não cai do céu”. E até em um ato de cuidado, de colo, mostrando que dinheiro pode até ser importante, mas não compra momentos genuínos de carinho. 

Nesse artigo, quero lembrar que as ações de cada uma de nós - sejam mães, avós, tias ou responsáveis - não apenas determinam o que acontece em nossas vidas no presente. Elas servem de espelho para as gerações seguintes. Por essa razão, quanto mais conscientes estivermos, melhor. 

Quanto antes uma mãe entende a importância de poupar, consumir de forma consciente e buscar renda extra quando necessário, entre outras ações, mais servirá de exemplo positivo. Além disso, conseguirá construir caminhos mais ricos para o próprio futuro. Vamos juntas nesse aprendizado? 


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