Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria)  em parceria com o Instituto FSB  mostrou que um a cada quatro brasileiros não consegue pagar todas as contas do mês. Foram entrevistadas 2.008 pessoas em todas as unidades da Federação no mês de julho.

Os resultados também mostraram que 64% dos entrevistados cortaram gastos neste ano. E que 20% pegaram empréstimo ou contraíram alguma dívida nos últimos 12 meses. Houve atraso na conta de luz ou água para 34% dos entrevistados e atraso no plano de saúde para 19% deles.

Outras constatações são: 68% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro e apenas 29% conseguem poupar alguma quantia. Ainda assim, 56% dos entrevistados estão esperançosos de que a situação financeira pessoal tende a melhorar até dezembro. Apesar disso, somente 14% pretende aumentar os gastos até lá.

Pesquisa da CNI mostra que está difícil equilibrar as contas

Foto: Andrey Popov/shutterstock

Pesquisa da CNI mostra volta do hábito de pechinchar

Outra informação interessante colhida pela pesquisa da CNI é que os brasileiros passaram a pechinchar mais. Boa parte dos entrevistados, 68%, disseram ter tentado negociar os preços antes de alguma compra.

Além disso, 51% vêm parcelando no cartão de crédito e 31% vêm comprando fiado. A pesquisa da CNI também indicou que menos de 15% dos entrevistados estavam recorrendo ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com terceiros. 

A maior parte dos participantes da pesquisa (68%) disseram que o gás de cozinha foi o item que mais pesou no orçamento nos últimos seis meses. Depois vieram arroz e feijão, citados por 64% deles; a conta de luz (62%); e a carne vermelha (61%). 

Já os combustíveis foram citados por 57% dos entrevistados como um item que pesou bastante no orçamento doméstico. Conforme o presidente da CNI, Robson Andrade, o bolso dos brasileiros foi prejudicado por rescaldos da pandemia de covid-19, guerra da Ucrânia, inflação e alta dos juros. Ainda assim, ele explicou que o desemprego está desacelerando. Além disso, o rendimento médio do brasileiro vem se recuperando.


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