A previdência complementar fechada está se reinventando e criando soluções para atender às novas demandas que surgem com as grandes mudanças no mercado de trabalho e de emprego. As novidades incluem “Planos Família” e “PrevSonho” – produtos previdenciários simples e flexíveis – entre outros novos já implantados. Esses planos estão mudando a forma com que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) se relacionam com os seus participantes, trazendo os jovens e o familiar para perto do sistema, como mencionei na coluna anterior.

Seguindo no tema previdência complementar no Brasil, vou falar agora dos valores e perenidade deste segmento.

Quando se trata de valores, não há nenhum que se mostre maior para essa vertente da previdência complementar do que sua natureza previdenciária – parece óbvio, mas não no Brasil. Esse zelo faz com que os fundos de pensão paguem mais de R$ 80 bilhões em aposentadorias e pensões todos os anos para cerca de 900 mil trabalhadores já assistidos, após décadas de uma real acumulação de poupança.

Previdência complementar fechada

Crédito: Andrii Yalanskyi/shutterstock

O rendimento proporcionado pelos recursos aportados no longo prazo vai todo para a conta do participante. Cabe ressaltar que as EFPCs não têm fins lucrativos, por isso, a relação aqui é direta e tem como objetivo oferecer proteção previdenciária e renda qualificada aos participantes e a seus familiares.

O fato de a relação entre as partes não possuir interesses comerciais traz consequências benéficas. A primeira delas é a posição de destaque que os participantes ocupam na gestão nas entidades. Estão amplamente representados nos colegiados que as dirigem, ou seja, junto com os que contribuíram para a sua formação, são os verdadeiros detentores do patrimônio formado.

Mas há algo mais que aproxima os participantes de suas entidades previdenciárias, fazendo com que se sintam em casa. É a valorização da identidade, seja corporativa, profissional ou pessoal, uma vez que a previdência complementar da qual falamos é oferecida no ambiente da empresa a seus funcionários e por governos aos seus servidores, no grupo profissional por sindicatos e associações que instituem planos e, agora, também na família, através de planos familiares. Aqui, tudo lembra relações entre pessoas que de alguma forma se identificam umas com as outras, reforçando com isso o compromisso entre si.

Responsabilidade social e compromisso! A previdência complementar se sustenta nesses pilares. A perenidade do sistema e entrega responde a muitas das dúvidas e inquietações produzidas pelo atual debate sobre o modelo de Previdência que desejamos para o Brasil.


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