Apesar de ser algo habitual, muita gente se esquece das contas do início do ano. Estamos falando daqueles pagamentos “extras” que acontecem sempre nos primeiros meses de um ano novo. Ou seja, exatamente depois dos costumeiros gastos com Natal e Reveillon. Entre eles estão IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), matrículas e rematrículas e material escolar.

Se você está preocupado com o bolso porque não se planejou até agora, mostramos o que é preciso fazer para se organizar com as contas do início do ano sem passar por um grande aperto. 

Pessoa organizando contas do início do ano.Foto: Pickadook/shutterstock

Planejamento é essencial para arcar com contas do início do ano

Primeiramente, é preciso considerar que as contas do início do ano devem fazer parte do planejamento financeiro anual. Ou seja, não apenas quando elas aparecem no calendário e no bolso. Quem tem carro ou imóvel sempre terá IPTU e IPVA para pagar, por exemplo, então é importante lembrar dessas contas ao longo do ano.

De acordo com o educador financeiro Eduardo Oliveira, o planejamento anual é interessante para demonstrar as despesas específicas de cada mês. Ele evita, inclusive, endividamento por conta de gastos que poderiam estar programados.

“Eu, particularmente, já cheguei a fazer atendimentos onde a pessoa teve que pegar empréstimo bancário para pagar o IPVA do carro. O ideal seria diluir o custo entre os meses do ano. Por exemplo, guardando R$ 100,00 por mês para pagar o IPVA de R$1.200 no começo do ano”, explica.

O que fazer se faltar dinheiro para as contas do começo do ano?

Mas o que fazer se não houve esse planejamento até aqui e não há dinheiro para pagar as contas do início do ano? “Se a pessoa não guardou nada, eu vejo alternativas, como parcelar ou usar algum crédito se possível.”, sugere. É importante lembrar que no caso do IPTU e do IPVA, parcelar acaba sendo mais barato do que pagar juros em uma tomada de crédito.  

Outra sugestão do educador faz parte de um dos pilares da Longevidade Financeira, sobre o qual tratamos no Instituto: ganhar mais. “Em geral, sou sempre a favor da renda extra para ajudar não apenas com isso, mas por três razões: não depender de apenas um fonte de renda; aumentar os aportes dos investimentos e montar uma reserva financeira mais rápido”, explica Eduardo.

“Eu faço atendimentos para renda extra e sempre encontro algo que as pessoas possam vender porque não usam mais. Ou, ainda, alguma forma para que possam produzir alguma renda com o que gostam de fazer”, diz.

Cortar custos e ter cuidado nos gastos é fundamental

Antes das contas de início de ano, é preciso lembrar que é época de festas e, normalmente, de ainda mais gastos. Quem recebe 13º  ganha um respiro financeiro. Se considerar os gastos dos meses seguintes ao usá-lo, pode ter um pouco mais de tranquilidade do que quem não recebe. 

De qualquer forma, é importante estar atento aos gastos de final de ano para que a situação não fique mais grave. Ou seja, pensar bem antes de comprar presentes, substituir itens mais caros por mais baratos e também cortar gastos desnecessários. Dessa forma, você inicia um ano novo com o orçamento mais equilibrado. 

“Os presentes para familiares nas festas no final do ano são comuns. Porém, é preciso cuidado para não extrapolar o orçamento doméstico. Dessa forma, estabeleça um percentual limite para presentes e doações nesse período”, explica o educador financeiro.

É importante também negociar caso o dinheiro não seja suficiente para pagar as contas de início de ano. No caso da mensalidade escolar, por exemplo, vale procurar a escola e conversar se for necessário atrasar ou parcelar alguma coisa. 

E, ainda, caso haja dificuldade em planejar as finanças tanto para as contas de começo do ano quanto para os outros meses, vale procurar ajuda de um especialista. “Quando você tem um problema de saúde, você normalmente procura um médico, certo? No caso das finanças, busque um educador financeiro caso não esteja conseguindo lidar sozinho, conclui Eduardo.

Dicas para organizar as contas do início do ano ao longo do ano

  1. Entenda todas as suas receitas e despesas

  2. Faça um planejamento anual e anote todas as contas que são frequentes em determinados períodos do ano

  3. Vá poupando para formar uma reserva 

  4. Faça uma lista de itens na sua casa que podem ser vendidos

  5. Faça uma lista de serviços que você pode oferecer para ganhar renda extra

  6. Determine um valor máximo para comprar de fim de ano

  7. Corte gastos desnecessários

  8. Negocie e renegocie

  9. Busque ajuda especializada se não conseguir sozinho


Conhecer o seu dinheiro é o melhor caminho para usá-lo de forma adequada ao longo dos anos. Afinal, todas as pessoas envelhecerão. Por isso, é necessário saber fazer o dinheiro render mais por mais tempo. E, dessa forma, viver mais e melhor.

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