Você está querendo comprar um carro, uma casa ou algum outro bem, mas não tem dinheiro suficiente nem para a entrada. Então surge a ideia de fazer um consórcio. Mas você sabe bem como funciona um consórcio? Vamos explicar!
Um consórcio é uma forma de adquirir um bem em um formato colaborativo. Ou seja, de forma simples de se entender, é quando várias pessoas que têm o mesmo objetivo de compra se reúnem e pagam uma parcela mensal. Dessa forma, uma pessoa do grupo pode ser contemplada a cada vez (mensalmente por exemplo) com a aquisição. Enquanto isso, os outros membros aguardam a sua vez. Para administrar o grupo e as aquisições existe uma administradora, que é remunerada por isso.
Atualmente, as vendas de novas cotas de consórcio vêm crescendo. De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), houve aumento de 12% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período em 2021. Também houve aumento de 16% no número de participantes ativos.
“Para fugir do endividamento crescente, que já registra o maior aumento da última década, os brasileiros sentem a necessidade de buscar alternativas que possibilitem a realização de seus sonhos sem ônus para as finanças familiares”, explica Fernando Lamounier, diretor executivo da Multimarcas Consórcios.
Crédito: Min C Chiu/shutterstock
Como funciona um consórcio em termos de tempo de aquisição
Uma das questões que devem ser consideradas com relação a um consórcio é que não se sabe exatamente quando será possível adquirir o bem. Ou seja, se você adquirir um plano de 60 meses, pode ser contemplado tanto no começo quanto no final do plano. Tudo acontece por sorteio. Por essa razão, se a necessidade de ter o bem é rápida, um consórcio pode não ser a melhor opção.
É possível, porém, dar o chamado “lance” para apressar a aquisição. Ou seja, você pode oferecer um valor que será abatido do preço final para liberar logo o seu bem. Desta forma, ao receber a carta de crédito para comprar o carro, moto, viagem, casa ou o que for, você terá que descontar o valor do lance.
Diferenças a serem consideradas entre um consórcio e um financiamento
Com relação às diferenças a serem consideradas entre um consórcio e um financiamento, uma das primeiras é a questão da entrada. Normalmente há necessidade dela no primeiro caso e não no segundo.
Já no caso do consórcio, você não precisa dar entrada, mas também não sai com o bem. É preciso aguardar conforme explicamos. Não há juros, mas as parcelas são atualizadas de acordo com o valor do bem ou o IPCA, que considera a inflação. E existem as taxas relacionadas a administração, seguro do bem e fundo de reserva que devem ser consideradas.
Pontos a avaliar
- Avalie a sua necessidade de ter o bem logo. A contemplação em um consórcio pode demorar.No caso de consórcios de imóveis, há planos de 10, 15 anos por exemplo.
- Se você pode esperar pelo bem, avalie se não vale mais a pena investir o dinheiro das parcelas pelo tempo em que pode esperar. Dessa forma você tende a ganhar mais e não terá que gastar com taxas. Isso só vale, porém, se você tiver disciplina para guardar o dinheiro.
- Caso opte por um consórcio, escolha uma administradora conhecida no mercado.
- Depois de entender como funciona um consórcio, cheque o valor da taxa de administração. Dentre as vantagens fornecidas por algumas administradoras para o segmento de imóveis, existem propostas. Entre elas, a redução da taxa de administração até o período da contemplação.
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