Os prefeitos Eduardo Paes e Axel Grael, do Rio de Janeiro e de Niterói, respectivamente, anunciaram na tarde desta segunda-feira (22) durante coletiva de imprensa, um conjunto de medidas restritivas para os dois municípios.

Por 10 dias, durante o “superferiado” proposto pelo governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, as duas cidades adotarão regras de isolamento ainda mais rigorosas. De 26 de março a 4 de abril, só poderão funcionar os serviços considerados essenciais. O objetivo é conter o avanço da pandemia de Covid-19.

“Estamos vivendo o momento mais crítico de toda essa pandemia”, declarou Grael.

“Nenhum de nós toma as decisões que toma hoje feliz, alegre ou por prazer. Ambos tomamos as decisões com muita preocupação e ouvindo muito a ciência”, completou Paes.

Todas regras constam no decreto publicado no fim da noite desta segunda-feira pelo prefeito Eduardo Paes em edição entra do Diário Oficial. Paes garantiu ainda que a vacinação vai continuar funcionando normalmente.

Veja abaixo o que fecha e o que pode continuar funcionando durante o superferiado.

Vacinação não será interrompida durante medidas de isolamento social mais rígidas.

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. Serviço permanece durante novas medidas de isolamento social. Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Isolamento social no Rio e em Niterói: o que abre e o que fecha

Não poderão funcionar

  • lojas de comércio não essencial;
  • shoppings;
  • bares, lanchonetes e restaurantes (somente pelo esquema drive thru ou entrega);
  • boates;
  • danceterias;
  • museus;
  • galerias;
  • bibliotecas;
  • salões de cabeleireiro;
  • clubes;
  • quiosques;
  • parques de diversão;
  • escolas;
  • universidades;
  • creches.

Poderão funcionar

  • supermercados;
  • farmácias;
  • transportes;
  • comércio atacadista;
  • pet shop;
  • lojas de material de construção;
  • locação de carros;
  • serviços funerários;
  • bancos;
  • serviços médicos;
  • mecânicas e loja de autopeça;
  • hotelaria, com serviço de alimentação restrito a hóspedes.

Governador cria "superferiado" para tentar conter o avanço da pandemia

Também na segunda-feira (22), o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), enviou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) o projeto de lei que cria o superferiado de 10 dias em todo o estado. O objetivo é conter o avanço da pandemia de Covid-19.

A proposta de Castro, que será votada em regime de urgência nesta terça-feira (23), cria três novos feriados nos dias 26 e 31 de março e 1º de abril, e antecipa os feriados de Tiradentes (21 de abril) e São Jorge (23 de abril), para os dias 29 e 30 de março.

Dessa forma, a população do Rio de Janeiro teria um superferiadão entre os dias 26 de março e 4 de abril, 

No entanto, a proposta do governador permite o funcionamento de bares e restaurantes até 23h. Contrários a Castro, Eduardo Paes e Axel Grael anunciaram medidas mais rigorosas, proibindo que esses estabelecimentos atendam a seus clientes presencialmente. Ficam liberados apenas os serviços de delivery, drive thru e take away (quando o cliente retira no balcão da loja).

Inicialmente, Castro havia anunciado que recorreria da decisão dos prefeitos do Rio e de Niterói. Mas no fim da noite, o governador voltou atrás e manteve a autonomia das prefeituras de adotarem medidas mais rígidas. 

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