Como o resultado da Copa do Mundo pode influenciar de maneira positiva ou negativa a economia brasileira? De acordo com João Victorino, administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, as vitórias ou derrotas da seleção brasileira podem ter uma série de reflexos. 

"Quando falamos dos varejistas do setor de festas, comidas e bebidas, é natural que o faturamento aumente à medida em que o Brasil ganhe cada jogo. Com isso, no final das contas, o hexacampeonato faz a alegria dos torcedores e dos donos de comércios. Outros setores também são impactados pela Copa do Mundo. É o caso de roupas, assinatura de canais esportivos e a venda de novos aparelhos de televisão", explica.

Meninas comemorando resultado da Copa do Mundo

Foto: Halfpoint/Shutterstock

O que tende a acontecer se resultado da Copa do Mundo for muito positivo?

Caso o resultado da Copa do Mundo seja muito positivo e o hexacampeonato vire realidade, o senso comum sugere que o brasileiro tende a ficar mais eufórico. "Dessa forma, não seria estranho supor que, movidas pela alegria, muitas pessoas tomem mais decisões movidas por impulso", avalia Victorino.

O especialista também lembra que, diferente das outras edições, esta Copa será realizada muito próxima do Natal. A final está marcada para o dia 18 de dezembro. "Portanto, em que medida os gastos com as festividades de final de ano seriam direcionados para eventuais comemorações de um possível título? Essa resposta teremos que esperar para ver. Isso porque já será naturalmente um período em que o consumo é maior", diz.

Número de jogos é mais importante que resultado

E se o Brasil não for campeão? De acordo com Victorino, o mais importante na verdade é considerar o número total de partidas que a seleção poderá disputar. "Caso ela chegue até a final, serão 7 jogos. Sete oportunidades para os setores mencionados obterem um faturamento substancial", diz.

O especialista explica que não há uma clara relação de causa e efeito encontrada entre um título mundial e o aumento do desempenho da economia do país vencedor. Entretanto, em  pesquisa realizada por um banco americano, notou-se que os índices das bolsas dos países campeões subiram, em média, 3,5% a mais que as referências globais no mês posterior ao campeonato. "A única exceção foi o Brasil de 2002, que não obteve esta vantagem", diz. 

De acordo com Victorino, nos anos em que a seleção brasileira foi campeã, não houve correlação entre título mundial e maior crescimento do PIB. "A maior parte dos efeitos econômicos são sentidos pelos países sedes de cada edição do evento. O destaque vai para o setor de infraestrutura. Todavia, podemos observar faturamentos mais robustos também em setores de varejo, alimentação e turismo nos demais países participantes", conclui. 


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