O preço do leite longa vida disparou no mês de julho. A subida foi de 22,27% considerando o período de coleta do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O índice mede a inflação no país nas duas primeiras semanas no mês de referência e nas duas últimas do mês anterior. No ano, o preço do leite já aumentou 57,4%.

A subida é explicada por alguns fatores. Primeiramente, a alta das commodities ao redor do globo devido a condições climáticas. O inverno normalmente é uma estação considerada ruim para a produção, pois o pasto perde qualidade e é preciso mais ração para alimentar os animais, encarecendo a produção. Além disso, economistas explicam que, com o aumento dos custos, muitos fazendeiros pararam de produzir.

A alta também gerou aumentos em produtos derivados do leite, como a manteiga (subiu 4,25%), o requeijão (4,74%) e o queijo (3,22%). No âmbito geral, apenas o leite gerou um aumento de 0,25 ponto percentual no IPCA-15 do mês, fazendo com que o item alimentação e bebidas subisse 1,16% em julho.

preço do leite é um dos que contribuem para inflação alta

Crédito: Deemerwha studio/shutterstock

Preço do leite não é único que sobe

O preço do leite gerou impacto no IPCA, mas não foi o único. Outros itens subiram de preço e se destacaram também. Entre eles: frutas (subida de 4,03%), pão francês (1,47%) e feijão carioca (4,25%).

No caso das frutas, é preciso considerar a estação climática também. O inverno costuma ser um período de entressafra, com menor volume de chuvas e mais dependência de água. Isso faz com que os preços subam.

Além do preço do leite e das frutas, há outros destaques do IPCA-15. Um deles é a alimentação fora do domicílio, que subiu 1,27% em julho. Em junho, já havia subido 0,74%, mostrando que está cada vez mais caro comer fora de casa. 

Por outro lado, houve diminuição de preços no transporte e habitação. A prévia do IPCA-15 indica, inclusive, desaceleração da inflação no país, registrando alta de 0,13%. O percentual está bem abaixo do aumento de 0,69% no mês anterior. A queda se deve especialmente à diminuição no preço dos combustíveis e da energia elétrica, gerada pela diminuição dos tributos federais e estaduais.


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