Pela primeira vez em quatro anos a caderneta de poupança perdeu espaço na preferência dos investidores. É o que diz pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Apesar disso, a poupança segue sendo o investimento preferido dos brasileiros. Ela é utilizada por 29% dos investidores, o que equivale a cerca de 30 milhões de pessoas. Porém, essa preferência teve queda de 8% em comparação com o ano anterior.

A pesquisa faz parte do Raio X do Investidor, feito pela Anbima com o instituto Datafolha. Foi pesquisada a população economicamente ativa de classes A, B e C em todo o país.

Conforme apurou o estudo, em 2020 os brasileiros diversificaram mais as opções de investimentos. Ganharam participação no portfólio dos investidores brasileiros produtos financeiros como ações, títulos privados e fundos.

Entre quem investiu no ano passado, 53% optaram por colocar o dinheiro em produtos financeiros. O índice é 11% maior que no ano anterior.

Com isso, pela primeira vez, os produtos financeiros ultrapassaram a soma de todos os outros destinos dados para as economias. A Anbima estima que a população alcançada seja de 20 milhões de brasileiros.

“A redução da taxa básica de juros estimulou as pessoas a diversificarem seus investimentos na busca por rentabilidade. Isso explica o crescimento nas aplicações em produtos um pouco mais arriscados, como títulos privados e fundos de investimento”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima.

Poupança perdeu espaço, mas segue sendo preferida por brasileiros

Pesquisa mostra que poupança perdeu espaço, mas segue sendo preferida por brasileiros

Além da poupança: preferências nos investimentos varia entre investidores de classes A, B ou C

Segundo os dados da pesquisa, em 2020, 48,3% dos brasileiros da classe A escolheram produtos financeiros como destino para suas economias. O número equivale a um aumento de 20 pontos percentuais em relação a 2019.

Já entre os brasileiros da classe B, o crescimento foi de 7,2 pontos, passando de 21,4% para 28,6%. Na classe C, a preferência por produtos financeiros manteve-se em 12,6%.

O segundo destino preferido dos brasileiros para as suas economias em 2020 foi a compra da casa própria ou de terrenos, indicada por 7% dos investidores, mesmo percentual de quem guardou o dinheiro em casa ou no colchão.

A pesquisa mostrou também que, no ano passado, cresceu o número de pessoas que usou as economias para pagar dívidas. Porém, o percentual daqueles que conseguiram economizar dinheiro para essa finalidade ainda é baixo: 6% em 2020, frente a 4% em 2019.


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