O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022 em comparação com o trimestre anterior. A expectativa dos economistas era de uma alta um pouco menor, de 0,9%. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,2%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Por exemplo, ao produzir R$ 1000 em trigo, R$ 2000 em farinha de trigo e R$ 3000 em pães, o PIB seria de R$ 3000, já contabilizando nos pães os valores do trigo e da farinha. O PIB, conforme explica o IBGE, é um indicador de fluxo de novos bens e serviços em um ano. Ou seja, mostra o que o País produziu. Um PIB que não cresce, que fica nulo, significa que o País não produziu, não cresceu. 

 No segundo trimestre, a alta maior que a esperada reflete o desempenho de setores diversos, como a indústria (crescimento de 2,2%), serviços (1,3%) e agropecuária (0,5%) em relação ao trimestre anterior. 

setor de transporte ajudou a movimentar o PIB

Foto: Jag_CZ/shutterstock

PIB maior se deve a desempenhos positivos dos setores

 No caso da Indústria, setor com maior alta, houve crescimento de 3,1% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos; e de 2,7% na Construção, nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

Em serviços, outras atividades cresceram 3,3%, transporte, armazenagem e correio subiu 3,0% e informação e comunicação cresceu 2,9%. No segundo trimestre, o PIB chegou a total de R$ 2,4 trilhões. 

PIB melhor, índice da miséria pior

Apesar dos números serem melhores que os esperados, ainda permanece uma sensação de mal-estar relacionada à economia entre a população. Existe um índice de mal-estar econômico, chamado “Índice da miséria”, que mede essa impressão. Quanto maior, maior o mal estar econômico.

No segundo trimestre, ele estava em 75,9%, quarto pior resultado desde 2012, quando começou a ser medido. O número é reflexo da alta inflação e da inadimplência. De acordo com João Saboia, professor do Instituto de Economia da UFRJ, em entrevista ao portal G1, “ O PIB não faz milagre: a informalidade segue elevada, a renda dos mais pobres segue pressionada pela inflação dos alimentos e a inadimplência é recorde”. 


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