Uma pesquisa recente do Bank of America (BoA) mostrou que a economia e a alta taxa de inflação são os principais fatores de estresse financeiro para 42% da Geração Z. Quase três quartos dizem que o atual ambiente econômico tornou difícil economizar, e mais da metade diz que criou estresse financeiro extra.

Não são apenas as manchetes sobre uma possível recessão que preocupam as pessoas. É também o fato de que tantos aspectos da vida se tornaram mais caros. De aluguéis a mantimentos e gás, os preços estão subindo há algum tempo. E os dados mais recentes mostram que esses aumentos de preços não vão desaparecer.

Muitos membros da Geração Z dizem que a inflação está dificultando o alcance de metas financeiras, como economizar e pagar dívidas. De fato, 40% dos jovens de 18 a 25 anos pesquisados disseram que estão tendo problemas para pagar os itens essenciais do dia a dia por causa do enorme aumento nos custos de aluguel ou casa.

Estresse financeiro da Geração Z passa pela incerteza econômica e juros alto

Crédito: fizkes/shutterstock

Além disso, dados adicionais do BoA mostram que os consumidores mais jovens foram os mais atingidos pelos aumentos de aluguel. Em julho, o pagamento médio do aluguel para a Geração Z aumentou 16% ano a ano, em comparação com apenas 3% para os Baby Boomers.

Os custos de vida mais altos também levaram alguns da Geração Z a procurar novos empregos. Outros assumiram um trabalho extra ou transformaram hobbies em atividades paralelas para gerar renda extra. Quase 60% dos entrevistados disseram que o alto custo de vida representa uma barreira para o sucesso financeiro.

Preços altos e incerteza econômica impactam a todos nós, não importa em que geração estejamos. Neste momento, o desemprego está baixando, no entanto, se entrarmos em recessão muito profunda, há uma chance de as empresas diminuírem seus recursos e as pessoas perderem seus empregos. Para que isso não ocorra de modo alarmante, aqui estão três maneiras de preparar:

1. Faça um orçamento - ou atualize

Aqueles que já têm um orçamento, pode ser um bom momento para revisitar os números. As despesas de vida mudaram muito e seus custos podem ter aumentado nos últimos meses. Entretanto, é importante dizer que caso não possua um orçamento, ainda há tempo de fazer, visto que muitas pessoas também empurram o orçamento tão longe para o fim de suas listas de tarefas que ele sempre é deixado para um próximo dia e assim sucessivamente. Contudo, é imprescindível que se faça o mais rápido possível.

Uma dica para isso é tentar enxergar um orçamento como algo construtivo e não assustador. Isso significa que saberá quanto pode gastar e quanto precisa economizar, sabendo exatamente por onde começar. Inclusive para ajudar, existem alguns ótimos aplicativos de orçamento por aí. Depois de saber o que se gasta versus o que se ganha, as suas finanças se tornaram à “prova de recessão”.

2. Recarregue seu fundo de emergência

Um fundo de emergência é como um grande cobertor de segurança para adultos. Dá-lhe alguma proteção contra um problema financeiro grave, como uma crise médica ou perda de emprego. Muitos especialistas recomendam ter três a seis meses de despesas de subsistência guardadas em uma conta de poupança de emergência separada. Mas com uma possível recessão se aproximando, alguns profissionais sugerem acumular dinheiro suficiente para mantê-lo durante 12 meses. Cada dinheiro extra que se puder colocar em seu fundo de emergência, hoje o ajudará se a situação econômica piorar.

Estresse financeiro da Geração Z passa pela incerteza econômica e juros alto

Crédito: Kmpzzz/shutterstock

3. Pagar dívidas

Outro ponto é que se estiver com dívidas de cartão de crédito com juros altos, é melhor pagar o máximo que puder. É mais fácil falar do que fazer, principalmente se já está com dificuldades financeiras. Mas, à medida que as taxas de juros aumentam, o custo de carregar a dívida aumentará.

Fora isso, caso perca o emprego, ainda terá que fazer pelo menos pagamentos mínimos para essa dívida - dinheiro que se poderia usar para manter um teto sobre sua cabeça e comida na mesa. Não é razoável esperar ficar livre de dívidas da noite para o dia, porém, se pode fazer um plano sobre como alcançar esse objetivo à média prazo.

Por fim, embora tenha sido alguns anos difíceis, temos que observar a perspectiva de que ainda não estamos totalmente fora de perigo. Cada geração está lutando com o aumento dos custos de vida e a incerteza econômica. Portanto, todos devem projetar maneiras de cortar custos, poupar algumas economias e pagar dívidas com juros altos. Se não atingirmos uma recessão, teremos dinheiro no banco para financiar algo divertido ou pronto para investir no futuro. Por outro lado, se as coisas se intensificarem poderemos ter almofada financeira para nos apoiar.

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