O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano. A decisão foi anunciada nesta última quarta-feira, 21/09. É a primeira vez que não há aumento desde março de 2021. Naquele mês, a Selic passou de 2% para 2,75%.

A decisão do Copom de manter a taxa inalterada já era esperada por boa parte do mercado, que enxerga um momento de cautela relacionada a movimentos futuros. O comunicado do Comitê que explica a decisão diz que o Copom “não hesitará, porém, em retomar o ciclo de alta caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. 

Em todo o mundo, os Bancos Centrais estão aumentando os juros para conter a inflação. O Brasil já tem feito isso há mais de um ano, conforme explicamos. De forma geral, apesar da manutenção da taxa, o indicativo é que o Copom aguardará para ver como se comporta a alta de preços por aqui. Caso necessário, a Selic terá novos aumentos. Por enquanto, porém, acredita-se que a inflação esteja sendo contida no País. 

Copom ainda deve demorar para baixar os juros

Crédito: ADragan/shutterstock

Queda dos juros ainda deve levar um tempo

De acordo com André Crepaldi, diretor de gestão de patrimônio da WIT, o ciclo de queda dos juros ainda deve levar mais tempo para acontecer. “Talvez no segundo semestre do próximo ano. Tudo dependerá também de como será o comportamento do novo presidente, como o mercado vai enxergar.”, explica. 

Ele acredita que, nesse caso, o impacto para a economia será superpositivo. “Não olhando apenas os investimentos, mas a economia em geral, porque os juros mais baixos voltam a estimular o consumo, a economia gira, o que gera emprego e uma série de outros benefícios que são importantes para o país.”, diz.

Como decisão do Copom impacta os investimentos?

Como já explicamos em outra matéria, os juros altos podem ser muito negativos para quem precisa de crédito e financiamento, mas positivos para quem tem dinheiro para investir. Para Crepaldi, continua sendo um bom investimento o pós-fixado, que fica atrelado à Selic. Mas também pode ser uma boa hora para os pré-fixados. “Porque a curva de juros deve começar a fechar no ano que vem já que a inflação começa a dar sinais de ficar mais controlada. Pensando no horizonte de 2024, já tem sinais de que vai baixar a Selic. Então, travar o pré-fixado agora pode ser algo que faça sentido. E sempre olhando a diversificação da carteira”, sugere. 

Para Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, buscador de investimentos, a manutenção da taxa pelo Copom também se dá por conta do controle inflacionário.“Com isso, seguimos vendo atratividade em investimentos em renda fixa. Eles são beneficiados pelos juros altos e podem oferecer um bom retorno para os investidores”. 

Pascowitch explica, porém, que o investidor deve diversificar seus investimentos. “A respeito da renda variável, é nítido que as ações e investimentos na bolsa tendem a sofrer mais com juros altos. No entanto, esses investimentos não devem ser menosprezados. Em tempos de baixa, é onde encontramos grandes oportunidades para multiplicar o capital a longo prazo.”, diz.


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