O valor médio da cesta básica brasileira é, atualmente, de R$ 663,29. Já o salário mínimo no país é R$ 1.212. Ou seja, o preço dos alimentos está representando 55% do pagamento dos trabalhadores no Brasil.

O levantamento é da CNN e contou com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor dos alimentos em 16 capitais, desde 1998, foi comparado com o respectivo salário mínimo de cada ano.

O estudo atual faz o levantamento de uma média nacional. Contudo, em algumas capitais, a situação é ainda pior. Em São Paulo, por exemplo, a cesta básica está mais cara do que o salário.
Comidas brasileiras sobrepostas. Um saco de arroz, feijão, óleo e macarrão. Imagem para ilustrar a matéria sobre cesta básica brasileira. Crédito: rafapress/shutterstock

Cesta básica brasileira compromete cara o poder de compra

De acordo com a emissora, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que alimentos e bebidas costumam representar mais de 20% do orçamento doméstico.

Especialistas afirmam que, nesse cenário, as famílias darão preferência para comprar a cesta básica brasileiro. Se o dinheiro precisa ser direcionado para a alimentação, não há sobras para consumir ou pagar contas e aluguéis, por exemplo. Tampouco para o investimento em atividades sociais e culturais, como locomoção, educação, vestuário etc.

Há, dessa forma, um impacto direto na qualidade de vida dos brasileiros.

Segundo as informações, 2022 acumula o maior percentual atingido desde 2004. Na época, a cesta básica consumia cerca de 58% do salário mínimo. Enquanto o rendimento de 2004 era de R$ 260, os alimentos somavam, em média, R$ 150,72.

Ainda segundo o estudo, nos anos de 2012 e 2018, a cesta básica brasileira atingiu o menor custo em relação ao salário. Ela chegou a representar 40% do ganho mensal.

Desemprego e cesta básica brasileira

Mesmo com o aumento gradual de empregos no país, a pesquisa releva que as famílias seguiriam com dificuldade alimentar diante da alta da inflação.

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, liberado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, o Brasil tem atualmente 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer.

Ao comparar com o ano de 2020, são 14 milhões de brasileiros a mais em insegurança alimentar grave neste ano.


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