O primeiro bem de consumo que geralmente as pessoas procuram logo após começarem a ganhar seus primeiros rendimentos são os automóveis. Entretanto, um veículo é uma perspectiva cara. Entre manutenção, pagamentos de empréstimos e seguro, as despesas de transporte podem facilmente se tornar um destruidor de orçamento para consumidores que não são cuidadosos.

Partindo do princípio de alguém que precise necessariamente de um carro, essa pessoa pode estar pensando em comprar um usado ao invés de um novo devido às economias iniciais envolvidas. No entanto, apesar desse primeiro impacto positivo em relação ao seu custo, na verdade, carros antigos ou usados podem ser mais custosos do que se espera. Para se ter uma ideia dessa tendência, segundo um levantamento do iCarros — marketplace automotivo do Itaú Unibanco deste ano, mais de 9 em cada 10 brasileiros, ou seja, 95% dos compradores, dizem preferir adquirir um automóvel de segunda mão. Ademais, dos mais de 50.000 usuários consultados da plataforma, 55,28% citaram o preço como um dos principais motivos na hora de escolhê-los.

Afinal, carros usados rendem mais do que novos?

Essa conclusão, que se tornou um senso comum, não é totalmente verdadeira, isso porque quando se efetua a compra de um carro novo, o investidor geralmente tem uma garantia de três anos que o protege de suportar o custo de grandes reparos durante esse tempo. Além do fato de que também há a opção de estender essa garantia por mais alguns anos por uma taxa modesta se comparado ao custo do serviço inicial.

Em contrapartida, a compra de um carro usado, pode vir com uma garantia muito limitada ou nenhuma. Isso significa na prática que se um componente principal quebrar logo após aquisição do veículo, pode ser que acabe tendo um custo adicional pelo reparo, fora a questão de que na maioria das vezes, compradores que optaram por investir em veículos de segunda mão, compram peças secundárias que não são tão resistentes e duráveis quanto as originais. Desse modo, o risco é aumentado consideravelmente e com ele, o custo variável.

Outro ponto é que os carros têm consumido cada vez mais combustíveis ao longo dos anos. Os custos de gasolina e etanol estão muito altos e, no início deste ano, os preços do petróleo e gás subiram na esteira do conflito entre Rússia e Ucrânia, dado ao fato de que são dois dos maiores fornecedores do setor no mundo.

Embora eles tenham caído um pouco no comparativo a alguns meses atrás, ainda assim comprar um carro usado pode significar gastar mais dinheiro com abastecimento contínuo, visto que de modo geral, eles consomem mais litros do que os novos. Com a situação de oscilação nesse sentido, é melhor não arriscar.

Afinal, carros usados rendem mais do que novos?

Aliás, é fundamental citar também que, por natureza, os veículos usados têm mais desgaste do que os novos. Como tal, se está pensando em comprar um carro de segunda mão, é preciso ter em mente que ele pode não durar tanto quanto um novo, o que poderá exigir uma troca mais cedo do que se imagina. Portanto, dependendo de quantos anos se estiver com ele, pode ser que o comprador acabe perdendo muito financeiramente a médio prazo.

Em síntese, há certamente benefícios em comprar um veículo usado e caso se compre de um revendedor respeitável, provavelmente não deve existir problemas com que se preocupar no futuro. Contudo, antes que se deva seguir em frente com uma decisão com essa, é importante se pesar os prós e contras com cuidado. Afinal de contas, apesar do preço inicial, um veículo novo pode parecer um investimento mais seguro e vantajoso em um período mais longo, se analisado com calma.

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