O Brasil está vivendo em um pico de inflação e um recorde de endividamento. Por conta disso, pagamentos do cotidiano, que costumavam ser feitos a vista, estão começando a serem parcelados. Um exemplo disso são as compras do mês em mercados.

Um levantamento do DMCard, administradora de cartões de crédito private label (os cartões de lojas), apontou que houve um aumento de 61% no uso de cartões de crédito em lojas de itens essenciais. Os dados são uma comparação entre 2021 e 2020. Com o encarecimento de itens básicos de consumo, manter uma estabilidade financeira está cada vez mais difícil.

O recorde de endividamento veio em março deste ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,5% das famílias brasileiras fecharam o mês com alguma dívida. O maior percentual registrado nos últimos 12 meses.

Recorde de endividamento está diretamente relacionado com a inflação

O recorde de endividamento mostra um cenário econômico preocupante. O cartão de crédito foi o responsável por 87% do endividamento de famílias de maior renda em março. Entre as de renda mais baixa, o crédito pessoal e cheque especial foram os motivos das dívidas.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a inflação tem sido determinante para a escolha das famílias. “Essa inflação alta, persistente e disseminada mantém elevadas as necessidades de crédito para recomposição da renda, fazendo com que as famílias encontrem nos recursos de terceiros uma saída para manutenção do nível de consumo”, comenta.

Com isso, a proporção de dívidas ou contas em atraso foi a maior: 27,8%. Um percentual acima do que foi registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020. Além disso, famílias declararam não ter condições de pagar os atrasos e vão continuar inadimplentes.
Uma mulher triste, sobre contas a pagar e uma calculadora. Na mão, um cartão de crédito. Imagem para ilustrar a matéria sobre o recorde de endividamento. Crédito: SB Arts Media/shutterstock

Como a inflação afeta o recorde de endividamento?

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada soma o total de 11,3%. O valor represente mais do que o dobro da meta do governo, que é de 5,25%. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede mês a mês o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De uma forma geral, uma família que tinha um gasto fixo de R$2 mil no ano passado, hoje tem um gasto de R$ 2.226. Com o aumento gradual da inflação, a expectativa para o futuro não é animadora.

Vale lembrar que, segundo um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo, de março, deveria ter sido de R$ 6.394,76. Os cálculos consideram a variação no preço de diversos itens que são impactados pela inflação.

Ou seja, com valores de itens básicos cada vez mais caros e, além disso, com 13,9 milhões de desempregados no país, o brasileiro recorre ao parcelamento para o consumo no cotidiano. O resultado é o recorde de endividamento.

Diante desse cenário, é possível se planejar financeiramente?

O planejamento financeiro se mostra cada vez mais indispensável, diante do recorde de endividamento atual. Colocar as contas na ponta do lápis, ou em uma planilha, juntamente com os gastos do cotidiano é uma forma de ter um maior controle das suas finanças. Pensar em estratégicas para negociar e quitar as dívidas também deve fazer parte desse planejamento. 

No contexto atual, o parcelamento pode representar risco para as finanças. Mesmo que muitas famílias exerguem essa prática como a única opção, se for possível, não parcele. Se necessário, faça um limite de gastos e apenas use o que for pré determinado. Afinal, sem o equilibrio financeira, fica mais difícil conquistar a Longevidade Financeira


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