Até dezembro do ano passado, em razão da pandemia, aposentados e pensionistas do INSS poderiam comprometer até 40% da renda líquida com crédito consignado. Neste ano, porém, o percentual diminuiu para 35%, sendo até 30% no empréstimo pessoal e até 5% para despesas e saques com cartão de crédito consignado. 

O empréstimo consignado é uma das modalidades mais baratas no mercado porque há garantia de pagamento, que no caso é o salário. Além de aposentados e pensionistas do INSS, trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos também podem contratar essa alternativa de empréstimo.  

Desta forma, com o novo percentual que pode ser comprometido, alguém que ganha R$ 3 mil, por exemplo, só pode pagar parcelas de  até R$ 900 para empréstimo convencional (30% da renda) e de R$ 150 para despesas e saques com cartão (5% da renda).

Outra mudança relacionada ao empréstimo consignado em 2022 é no número de parcelas. Até dezembro do ano passado, era de até 84 meses, mas neste ano passou a ser de 72 meses.

Trabalhador pensando nos juros do crédito consignadoCrédito: Andrii Yalanski/shutterstock

Cuidados ao contratar o empréstimo consignado

A facilidade de contratação do crédito consignado e as menores taxas cobradas podem ser atrativas, mas é preciso muito cuidado na contratação para não comprometer a renda sem necessidade. 

Os limites dos juros da modalidade, que eram de até 1,8% até o final do ano, também sofreram acréscimo, ficando em até 2,14% no convencional e em até 3,06% no cartão de crédito. Isso significa que os juros ao ano podem chegar em 30%.

Desta forma, vale pesquisar taxas e condições dos bancos, checar se o banco tem convênio com a fonte pagadora, não aceitar a intermediação de terceiros ao contratar este tipo de empréstimo e nunca assinar uma proposta em branco nem fornecer a senha do banco a ninguém. 

Procure os direitos legais se necessário

Além disso, tem havido aumento no número de reclamações de empréstimos não consignados. De acordo com o Procon-SP, boa parte dos consumidores que vai até a instituição para prestar queixa reclama que não pediu ou autorizou o empréstimo. Muitas vezes, só percebeu após o desconto das primeiras parcelas. É importante estar sempre de olho na conta para evitar que isso aconteça.

"As empresas que estão depositando valores nas contas de aposentados e pensionistas sem a devida autorização devem ficar alertas. O Procon-SP irá aplicar os artigos 39 e 42 do Código de Defesa do Consumidor e elas terão que arcar com a perda do valor depositado e com a devolução em dobro de todos os juros e encargos cobrados. O consumidor deve procurar o Procon-SP para garantir os seus direitos", explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Confira aqui cartilha da instituição sobre crédito consignado e evite riscos. 

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