Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o número de trabalhadores brasileiros que exerceram suas atividades profissionais de forma remota durante a pandemia do coronavírus chegou a 11%. Incentivada pelo governo para ajudar no isolamento social, a modalidade trouxe uma dúvida importante: home office ou trabalho remoto?

Se você está trabalhando de casa, provavelmente já deve ter tido essa dúvida em algum momento. O que estou realizando é home office ou trabalho remoto? Para chegar a uma resposta, é preciso entender o significado dos dois conceitos.

Home office ou trabalho remoto: quais as principais diferenças

A principal diferença é o local de trabalho. No home office, as atividades profissionais são realizadas obrigatoriamente de casa, enquanto que no trabalho remoto o profissional pode realizar suas atividades a distância, de qualquer lugar fora das dependências da empresas.

Dessa forma, fica claro entender que o próprio home office é um tipo de trabalho remoto, realizado necessariamente da casa do profissional. No entanto, o trabalho remoto nem sempre pode ser classificado como um home office. Mas uma coisa os dois têm em comum: são extremamente vantajosos quando o assunto é economizar energia, tempo e recursos.

Os desafios são comuns ambos os casos. Um deles é conseguir se manter compenetrado e livre de distrações em um ambiente que não foi necessariamente preparado e pensado para servir como local de trabalho. O segundo, que acontece mais precisamente as pessoas que optaram pelo home office, é conseguir se desligar dos afazeres domésticos para se concentrar 100% no profissional durante o expediente.

A escolha do local de trabalho

De acordo com especialistas, o trabalho remoto deve ser realizado em um local onde o profissional se sinta mais produtivo e inspirado. Para a psicóloga e terapeuta Ana Paula Madeira, esse local deve atender às necessidades de cada um, independentemente de quais sejam.

“Muitas pessoas funcionam melhor em um ambiente com muita movimentação e barulho, enquanto outras preferem um ambiente tranquilo e silencioso. Não há uma regra única a ser seguida por todos”, explica Ana Paula.

Fazendo home office ou trabalho remoto, escolha um ambiente propício ao desenvolvimento das suas funções.

Fazendo home office ou trabalho remoto, escolha um ambiente propício ao desenvolvimento das suas funções. Crédito: Alliance Images / Shutterstock. 

Ela complementa que, em alguns casos, ouvir música pode ajudar na concentração do profissional e que, assim como o ambiente, o estilo musical também pode variar bastante.

“Já vi pessoas trabalhando com fones de ouvido escutando roque progressivo a uma altura que permitia que os demais no mesmo ambiente também escutassem a música. Se essa pessoa se concentra melhor com esse tipo de música mais agitado e num volume mais alto, ela deve procurar ter esse ambiente sempre que possível”, complementa.

Habilidades necessárias para o trabalho a distância

Seja home office ou trabalho remoto, é muito importante que o profissional possua grandes habilidades de comunicação, tanto oral quanto escrita. Ana Paula cita como exemplo a quantidade de desentendimentos que acontecem todos os dias entre pessoas que se comunicam por meio de aplicativos de mensagens.

“Quantas vezes recebemos uma mensagem de alguém que juramos ter um cunho agressivo ou debochado, quando na verdade a outra pessoa não estava querendo ser nada daquilo?”, destaca a psicóloga. “Muitas amizades ficam abaladas por conta desses mal-entendidos que acontecem e isso também pode afetar as relações profissionais, principalmente em situações de estresse causado tanto pelo trabalho quanto pelo isolamento forçado”, explica.

Diferentemente da comunicação presencial, em que duas pessoas se encontram e falam de forma explicada e ainda contando com o auxílio gestual, a comunicação a distância precisa ser muito bem preparada para não gerar ruídos.

 Já da parte dos gestores, além de uma maior habilidade para lidar com conflitos a distância, é preciso que os líderes tenham confiança em suas equipes para deixar que trabalhem longe do olhar do chefe. Isso implica o desenvolvimento de novas técnicas de gestão com foco na entrega e no resultado.


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