No último domingo, a atriz Susana Vieira, 76 anos, surpreendeu os telespectadores do “Fantástico” ao revelar que teve diagnóstico de câncer em 2015, durante exames pré-operatórios. “[O hematologista] falou assim, friamente: ‘A senhora é portadora de uma doença chamada LLC, que quer dizer leucemia linfocítica crônica’. Eu não sabia o que era mais pesado: a leucemia, o linfocítico ou o crônico”, recorda. A LLC é um tipo menos agressivo de câncer de sangue porque não impede o crescimento de células saudáveis. Atinge os linfócitos B, um tipo de glóbulo branco responsável pela defesa do organismo. Eles se multiplicam de forma desordenada, causando cansaço e fraqueza e, em estágios mais avançados, anemia, aumento de gânglios nas axilas e virilhas e infecções de repetição. Com maior prevalência na faixa etária entre 62 e 72 anos de idade e entre os homens, a LLC é resultante de “alterações genéticas que aparecem no decorrer da vida”, explica Vanderson Geraldo Rocha, professor-titular de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador médico da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Sírio-Libanês. Diferentemente de outros tipos da doença, a LLC, em alguns casos, não precisa nem de tratamento. “Muitas vezes, a gente só acompanha a evolução”, explica o hematologista, que recomenda vida normal a seus pacientes. Foi o que fez Susana, que prosseguiu nas gravações da novela “A Regra do Jogo” (2015), engatando depois a apresentação do “Vídeo Show” (2016) e o seriado “Os Dias Eram Assim” (2017). “Aquilo foi minha terapia”, diz.   Foi só no final do ano passado que, em Miami, visitando os filhos, pegou uma “gripe horrorosa”. Entrou de volta no avião “quase sem ar e com muita dor no peito”. Lembra que chegou em casa e não conseguia subir as escadas. Foi parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por dez dias: “Tiveram que trocar fralda em mim, porque eu não podia levantar. Isso foi muito pesado, porque aí você vê que está doente.”

Assim que saiu do hospital, a atriz iniciou a quimioterapia. Disse que teve desde medo de perder os cabelos e de ficar dependente dos outros e sem trabalho, isso sem falar no “pavor de morrer”. Mas que, recuperada, já se prepara para voltar às telinhas no ano que vem.   Pela doença ser assintomática, “é importante, nessa faixa etária, todos os anos, fazer um check-up, não só para a LLC, mas também para outros tipos de cânceres até mais comuns. Só com um simples hemograma é possível fazer um diagnóstico”, pontua o especialista do Hospital Sírio-Libanês.

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