Eram apenas 5: acupuntura, fitoterapia, homeopatia, medicina antroposófica e termalismo. Agora, mais 14 os tratamentos alternativos que passam a ser oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS): arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, ioga, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala e terapia comunitária integrativa.

Chamadas de Práticas Integrativas Complementares (PICs), essas técnicas são complementares e têm como objetivo cuidar do paciente de uma forma holística, ou seja, em seus aspectos físicos, psíquicos, energéticos e ambientais.

“Faz parte da estratégia de prevenção”, segundo o ministro da Saúde, Ricardo de Barros. “Queremos que as pessoas procurem menos os hospitais.”

Atualmente, mais de 7,7 mil estabelecimentos de saúde ofertam alguma PIC, o que representa 28% das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). É lá que o paciente deve passar por um atendimento médico para ser encaminhado a um dos tratamentos. Segundo o Ministério da Saúde, as terapias disponíveis são informadas pelas secretarias de saúde dos municípios e não há uma forma online de consultá-las.

Conheça as novas PICs:

Arteterapia: procedimento terapêutico que busca interligar os universos interno e externo de um indivíduo, por meio da sua simbologia, utilizando técnicas como música e pintura, entre outras.

Ayurveda: filosofia médica oriental milenar que propõe uma vida saudável em harmonia com as leis da natureza com o objetivo de alcançar a felicidade, por meio da integração entre corpo, mente e espírito.

Biodança: método que busca o desenvolvimento de 5 áreas - afetividade, criatividade, sexualidade, vitalidade e transcendência - para restabelecer as conexões do indivíduo consigo e com o outro.

Dança circular: os praticantes dançam sempre em círculo porque acreditam que a roda simboliza o fato de o indivíduo ser parte do todo. Não prioriza a estética, mas a celebração e o sentimento de equipe.

Ioga: prática indiana que usa o corpo como instrumento de crescimento físico e espiritual, na qual os músculos e os sentidos são acordados ao mesmo tempo em que o espírito é aquietado, levando a uma aliança entre corpo e mente.

Meditação: técnica que centraliza os pensamentos em um único objeto ou ação, aguçando o autoconhecimento, o foco e a concentração. Reduz o estresse e a ansiedade e aumenta os níveis de anticorpos.

Musicoterapia: respaldada por ciências como neurologia, psicologia, fisiologia e a própria música, é a aplicação da música (som, ritmo, melodia e harmonia) para alcançar melhores estados físicos e emocionais.

Naturopatia: utiliza os recursos naturais - como plantas medicinais, hidroterapia, argiloterapia, massagens - e a alimentação para recuperar o organismo e introduzir hábitos de vida mais saudáveis.

Osteopatia: usa várias técnicas terapêuticas manuais, entre elas a da manipulação do sistema musculoesquelético (ossos, músculos e articulações) para ajudar no tratamento de doenças.

Quiropraxia: diferencia-se de outras massagens porque não trabalha os músculos, mas as articulações, em movimentos rápidos e precisos para tirar pressões nas articulações e realinhá-las.

Reflexoterapia: baseada na medicina tradicional chinesa, segundo a qual todos os órgãos do corpo estão refletidos na planta do pé, a prática utiliza estímulos para equilibrar o fluxo energético.

Reiki: palavra japonesa que significa energia vital universal, é uma aplicação de energia-luz que harmoniza a saúde física, emocional, mental e espiritual, restaurando, equilibrando e aperfeiçoando o campo energético do corpo.

Shantala: massagem sensorial indicada para crianças a partir dos dois meses de vida, com toque firme e lento; melhora o vínculo entre bebê e os pais, promovendo relaxamento e bem-estar.

Terapia comunitária integrativa: procura suscitar a dimensão terapêutica do grupo, valorizando a herança cultural dos antepassados indígenas, africanos, europeus e orientais, bem como o saber produzido pela experiência de vida de cada um.

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