Falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas, desesperança e tristeza sem fim. Muitos conhecem as principais características da depressão, um transtorno que afeta o modo de pensar, sentir e agir. Mas, nas pessoas mais velhas, ela pode ser acompanhada de sintomas menos conhecidos, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento.

Cansaço, mau humor e problemas de atenção e para dormir são alguns deles. Há ainda confusão mental, alteração de memória e comportamentos repetidos. Esses pontos são ressaltados pelo médico e psicólogo Roberto Debski, especialista em medicina integrativa e diretor da Clínica Ser Integral, de Santos (SP). “As pessoas pensam no Alzheimer e na demência, mas muitas vezes isso acontece por causa da depressão.”

E o envelhecimento, por si só, já ajuda a dificultar o diagnóstico. Isso porque ele costuma vir associado a perda de memória e falta de concentração, além de fadiga e distúrbios do sono. Todos esses sintomas também estão relacionados à depressão.

Tem mais: há doenças que afetam e são afetadas por transtornos mentais, como as cardiovasculares e o câncer. E medicamentos que podem desencadear depressão, como alguns para hipertensão e reações alérgicas.

Depressão em idosos

No mundo, 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão, segundo estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde). Menos da metade recebe tratamento adequado. A falta de recursos ou de profissionais treinados e a estigma relacionado a transtornos mentais e avaliações incorretas influenciam em um tratamento não efetivo. Até 2030, deve ser a doença mais incapacitante no mundo.

Para Debski, o ideal é que o tratamento da depressão seja feito por um especialista na área. Principalmente em pessoas mais velhas. Ele indica que um clínico geral, um geriatra ou um médico de família coordene os cuidados de saúde para avaliar interações entre medicamentos para outras condições, dosagens e efeitos colaterais que possam surgir.

Um dos principais recursos é o uso de antidepressivos. “Os mais utilizados são os que funcionam como inibidores da serotonina”, explica o neurocientista Aristides Brito. Os efeitos podem levar “algumas semanas, o que faz com que as pessoas não sintam resultados imediatos ao tratamento”. E completa: 

“A depressão acaba configurando mudanças químicas no cérebro, mas é muito mais do que isso. Ela se relaciona com as emoções, que são afetadas pelo ambiente, principalmente nos dias de hoje, com tanta pressão na vida moderna”.

Um casal, sendo o marido com depressão e a esposa dando suporte. Crédito: Monkey Business Images/Shutterstock

Hábitos saudáveis podem ajudar a melhorar o quadro

Por isso, é preciso adotar hábitos saudáveis, não só para tratamento, mas para prevenção da depressão. “A atividade física regular e diária; a alimentação saudável e rica em nutrientes; o sono suficiente e reparador, que recupera o humor e organiza o pensamento e as memórias; os bons relacionamentos afetivos, que nutrem as emoções positivas, fortalecem e dão esperança e motivação. Todos estes componentes fazem parte da prevenção e tratamento, não somente da depressão, mas de todas doenças crônicas”, explica o médico. Debski finaliza:

“O depressivo tem um ‘excesso de passado’ e uma ‘falta de futuro’. Vive remoendo acontecimentos, mágoas, arrependimentos e não consegue planejar sua vida em direção ao futuro ou tem metas ou projetos que o impulsionem para adiante. Fazer com que tenha ações e movimentos focados no presente e cuidados ativos com sua saúde estimulará uma nova percepção e redescoberta de seu corpo, de suas emoções e o reconectará com o fluxo da vida”.


O acompanhamento psicológico é essencial para o tratamento de depressão e o Instituto de Longevidade pode te ajudar. Com o Programa de Benefícios ViverMais, os associados contam com consulta em diversas áreas, incluindo psicologia. Além disso, também possui atendimento 24 horas para emergências, análise de sintomas e outros tipos de consultas por telefone ou vídeo chamada.

Os médicos também estão disponíveis para dar uma segunda opinião, novo diagnóstico ou ajudar em protocolos de tratamento de doença grave.

Torne-se um associado e tenha esses e outros benefícios na palma de suas mãos.

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