Em 1960, a expectativa de vida no mundo era de 52 anos. Hoje é de 72. No Brasil, no mesmo período, a expectativa de vida subiu de 54 para 75 anos. E ao que tudo indica, poderá subir ainda mais com a rapamicina, droga que retarda o envelhecimento.

Apelidado pelos cientistas de “elixir da vida”, a rapamicina é um imunodepressor bastante utilizado em pacientes transplantados para evitar a rejeição dos órgãos recebidos. Também se mostrou muito eficaz no bloqueio de uma enzima que acelera a divisão celular e, por consequência, acelera o processo de envelhecimento.


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A substância foi descoberta acidentalmente na Ilha de Páscoa, no Chile, na década de 1970. Daí a origem do seu nome, derivado da denominação aborígene local, Rapa Nui. Os médicos da ilha verificaram que o uso da rapamicina em pacientes com perfurações nos pés por andarem descalços evitava casos de tétano. Posteriores testes realizados em camundongos comprovaram um aumento de até 38% na expectativa de vida.

Retarda o envelhecimento e reduz risco de doenças

Agora, a rapamicina está sendo testada em humanos e a aposta da indústria farmacêutica é que a droga possa reduzir o avanço de alguns tipos de câncer e de distúrbios neurodegenerativos, como a Doença de Alzheimer. Mas os benefícios ainda podem ir além. Alguns cientistas acreditam que o medicamento possa prevenir, ou pelo menos retardar, o aparecimento de quase todos os males relacionados à idade, como aterosclerose, cegueira devido à degeneração macular relacionada com a idade, obesidade, resistência à insulina e diabetes de tipo II, osteoartrite e osteoporose.

A busca pelo elixir que retarda o envelhecimento ganhou tamanha dimensão que, atualmente, estima-se que haja pelo menos 2 mil estudos simultâneos sendo desenvolvidos sobre o medicamento. Mas embora muitos deles mostrem que o tratamento com rapamicina altera a microbiota intestinal em animais idosos, ainda não foi possível relacionar a dinâmica da microbiota e o envelhecimento ao uso da droga.

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