Pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, alertaram que uma nova linhagem do vírus da zika está em circulação no Brasil. Os cientistas detectaram um tipo africano dele pela primeira vez no país e se preocupam com uma possível nova epidemia.

A linhagem foi encontrada no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, em hospedeiros diferentes, de acordo com um dos líderes do estudo, Artur Queiroz. Segundo ele, o vírus foi visto em um mosquito “primo” do Aedes aegypt, chamado Aedes albopictus, e em uma espécie de macaco. A informação foi divulgada em junho pelo “Internacional Journal of Infectious Diseases”.

Para Queiroz, existe perigo de uma nova epidemia, pois “a maior parte da população não tem anticorpos para isso”. Até 2018, 90% da linhagem do vírus da zika era oriunda de um subtipo asiático do Camboja. Em 2019, outro subtipo foi predominante (89,2%), desta vez, da Micronésia. 

Possível epidemia de zika

No entanto, a ferramenta do Cidacs, que acompanha desde 2015 quais linhagens do vírus circulam no Brasil, detectou um tipo africano, que inspira atenção. “Este estudo serve de alerta para não esquecermos de outras doenças, em especial, da zika. (...) Os estudos genéticos devem continuar sendo realizados a fim de evitar um surto da doença com o novo genótipo circulante”, afirma Larissa Catharina Costa, uma das autoras da pesquisa.

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