A apresentadora Ana Maria Braga, 70 anos, revelou, na manhã desta segunda-feira (27), que está novamente com câncer de pulmão. O anúncio foi feito no momento em que ela encerrava a edição do seu programa Mais Você. Dessa vez, trata-se de um adenocarcinoma, um tipo ainda mais agressivo do que o que ela teve no passado.

“Descobri agora no começo do ano. Já estava sabendo há um tempo", disse.

Não é possível tratá-lo por meio de cirurgia ou radioterapia, mas a apresentadora já passou por uma sessão de quimioterapia no dia 24 de janeiro e outra de imunoterapia. O ciclo de tratamento acontece a cada 21 dias.


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"Normalmente quando se faz quimioterapia e imunoterapia têm-se efeitos colaterais, têm sintomas que quem faz quimioterapia sabe, quem já conviveu com quem faz quimioterapia sabe que tem dias que você fica mais. E é por isso que eu preciso falar com vocês aí de casa, tem dias que você fica mais sensível", alertou.

Esta é a quarta vez que Ana Maria Braga enfrenta um câncer. Entre 1991 e 2015, ela já teve câncer na pele, no ânus e no pulmão.

O programa segue normalmente até o dia 7 de fevereiro, quando a apresentadora sairá de férias para se dedicar ao tratamento da doença na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

"Quero contar com sua força aí do outro lado e suas orações. Tenho muita fé, tenho uma força que vem de Deus, acredito que vou sair dessa e vou dividindo esses momentos com vocês", desabafou a apresentadora.

Clique aqui para assistir ao vídeo da apresentadora.

Câncer de Ana Maria Braga é do tipo adenocarcinoma

De acordo com a literatura médica, o adenocarcinoma é uma neoplasia maligna (câncer/cancro) que se origina em tecido epitelial glandular. Para ser classificado como um adenocarcinoma, as células não necessariamente precisam fazer parte de uma glândula, desde que tenham características secretórias. É o tipo mais comum de câncer, tanto em humanos quanto em outros mamíferos.

Pode ser causado pelo tabagismo, pela a aspiração cotidiana de poeira metálica (pneumoconiose) e com predisposição genética.

A oncologista da Rede D’Or Milena Perez Mak explica que, dentro dos cânceres de pulmão, há vários subtipos, que vão classificar onde se origina o tumor e qual o tipo de tratamento. “A grosso modo, a gente tem o tipo de pequenas células, que representam 20% dos casos, e o de não pequenas células, que são os outros 80%. Dentro dos de não pequenas células, temos o adenocarcinoma, que é o tipo mais comum de câncer de pulmão”, conta a especialista.

Estatisticamente, o adenocarcinoma representa aproximadamente ¾ dos casos de cânceres de não pequenas células.

A médica explica que o tratamento depende de vários fatores. “É preciso observar se ele está relacionado a alguma mutação do próprio tumor”, afirma. “Ver qual a extensão da doença, qual o lugar de acometimento exato e, a depender desse grau de acometimento, a gente faz alguns estudos moleculares para ver se o tumor tem algum tipo de mutação específica que direcione a algum tipo de tratamento diferente”.

Os tratamentos podem ser feitos com quimioterapia, imunoterapia ou drogas-alvo.

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