Quer ter em casa ambientes mais bonitos e, principalmente, saudáveis? Tenha plantas. É o que mostra um estudo elaborado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, com espécies que têm capacidade de filtrar substâncias tóxicas do ar. No total, foram destacados dez tipos de plantas que fazem bem à saúde, entre os mais utilizados por decoradores e paisagistas. Há, nessa lista, desde samambaia até aloe vera, a tradicionalíssima babosa.

Em comum, elas reduzem os níveis dos três poluentes mais encontrados em casa – benzeno, formaldeído e tricloroetileno. Essas substâncias são geradas por diversos itens utilizados no lar, como tintas, tecidos sintéticos, produtos de limpeza e solventes, ou consumidas pelos moradores, como tabaco.


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Esses poluentes são apontados como cancerígenos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), além de acumularem outros malefícios. O benzeno age no material genético – e não há um nível de exposição considerado seguro. Já o formaldeído pode provocar problemas respiratórios, desde alergias até redução da capacidade pulmonar. O tricloroetileno é relacionado a danos neurológicos, cardíacos e renais.

Antes de colocar em casa 

Para que as plantas cumpram a função de filtragem do ar, é importante que sejam cultivadas na terra, não em um vaso com água. Os poluentes são absorvidos do ar para o crescimento das raízes. Se elas estiverem cortadas, as folhas não têm necessidade de captá-los.

A paisagista Rejane Heiden, que trabalha na área desde 1996, diz que todas as plantas precisam de manutenção pelo menos duas vezes ao ano. Cuidados como afofar a terra e substituir uma parte dela por húmus são fundamentais se forem mantidas no mesmo vaso. “Elas precisam ser bem tratadas, assim como a gente.”

Plantas que fazem bem à saúde

Fácil de cuidar, a areca-bambu é uma das palmeiras mais cultivadas no país. Ela é perfeita para pessoas com tendência a gripes e sinusite porque libera umidade no ambiente e facilita a respiração e o sono.

A babosa tem características similares para a filtragem do ar, mas seu cultivo demanda cuidados específicos. Segundo a paisagista, ela precisa de, pelo menos, uma hora de sol direto por dia. Como toda suculenta, não gosta de muita umidade. “Ela precisa de um pouquinho de água uma vez por semana, não mais do que isso”, diz Heiden.

A hera inglesa, uma trepadeira de climas subtropicais, filtra, no período de 12 horas, 94,25% das partículas fecais e 78% do mofo suspensos no ar. O dado foi verificado pela American College of Allergy, Asthma & Immunology, instituição de ensino norte-americana especializada em alergias, asma e imunologia. O ideal é cultivá-la em ambientes úmidos e pouco frios, longe do ar-condicionado, ensina ela.

Espécies de fácil adaptação em ambientes fechados, a samambaia-americana, o ficus benjamina e a palmeira-rápis são bastante utilizadas na decoração. Elas se desenvolvem bem em ambientes com meia-luz e necessitam ser irrigadas frequentemente, além de bem drenadas. O ficus, uma das plantas ornamentais preferidas no Brasil, também conhecido como figueira-benjamin, deve ser plantado somente em vasos. Quando cultivado diretamente no solo, suas raízes agressivas destroem qualquer estrutura que tentam impedir seu crescimento. Em condições naturais, pode chegar a 30 metros de altura.

plantas que fazem bem à saúde

A aglaonema é muito indicada para ambientes internos. Crédito: Alohapatty / Shutterstock

A aglaonema é outra espécie que se adapta bem ao ambiente interno, porque precisa de pouca luz. A terra deve ser rica em nutrientes e a irrigação tem de ser feita regularmente, pelo menos uma vez por semana, além de bem drenada. Por ser natural de climas tropicais e equatoriais, não suporta o frio. Melhor deixa-la longe de ar-condicionado e em locais com boa ventilação.

Ótima para a entrada da casa e adaptável a diferentes condições de temperatura e luminosidade, a palmeira-anã é muito eficiente na filtragem de xileno. O composto, utilizado como solvente para vários materiais, inclusive o petróleo, é um dos componentes da fumaça dos escapamentos de veículos. A exposição regular a ele provoca sintomas como irritação na boca e na garganta e danos no fígado e nos rins.

O clorofito se desenvolve com facilidade em ambientes internos e requer pouca manutenção, além de ser uma das espécies queridinhas dos decoradores. Suas folhas longas e brilhantes aceitam ambientes com ar-condicionado “É uma planta muito resistente. Fica bem até se fizer um arranjo no banheiro, é superadaptável”, complementa a paisagista.

Muito utilizado para decoração pelo contraste de suas folhas escuras com a flor branca, o lírio-da-paz também é uma das plantas vivas que fazem bem à saúde e colaboram para a filtragem do ar, segundo a Nasa. Seu cultivo tem algumas particularidades, como um ambiente ventilado sem ventos fortes e meia-luz. É importante evitar locais frios, diz a paisagista, já que se trata de uma espécie delicada. “Suas folhas são sensíveis e precisa de luz indireta. A luz direta deixa as folhas e as flores amareladas.”

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