Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) vem chamando a atenção de autoridades de vários países ao lançar um alerta sobre o sedentarismo em todas as idades. De acordo com o estudo, 20% dos adultos em todo o mundo não praticam exercícios físicos com a frequência e a intensidade adequadas para sua faixa etária. Os números são ainda mais alarmantes entre os adolescentes: 80% dos jovens entre 11 e 17 anos são considerados insuficientemente ativos.

A agência da ONU recomenda que crianças e adolescentes de cinco a 17 anos pratiquem diariamente atividades físicas, de moderada a intensa, por pelo menos 60 minutos, com a inclusão de atividades que fortaleçam músculos e ossos três vezes na semana.

sedentarismo

Crédito: Prostock-studio / Shutterstock

Já para os adultos, a recomendação é de atividades moderadas por pelo menos 150 minutos ou intensas por 75 minutos semanais. Também é possível combinar exercícios alternando a intensidade e, por duas vezes na semana, realizar atividades para o fortalecimento da musculatura.

Problemas do sedentarismo

De acordo com a OMS, o sedentarismo pode agravar o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e câncer de mama e de colo do útero. Essas enfermidades são responsáveis por 71% de todos os óbitos no mundo, incluindo as mortes de 15 milhões de pessoas por ano com idade entre 30 e 70 anos.

Além disso, os custos financeiros da inatividade física também são bastante expressivos, chegando a 54 bilhões de dólares em assistência médica direta. Desse montante, 57% fica a cargo do setor público e outros 14 bilhões de dólares em perdas econômicas são atribuídos a quedas de produtividade.


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Para tentar amenizar o problema do sedentarismo, a OMS, que já disseminava a estratégia de tornar espaços públicos mais propícios à prática de exercícios para pessoas de todas as idades e habilidades, decidiu lançar a campanha “Sejamos ativos: todos, em todos os lugares, todos os dias” (tradução livre para o português de Let’s Be Active: Everyone, Everywhere, Everyday). O objetivo é encorajar governos e autoridades municipais a estimular a prática de atividades físicas entre a população.

População menos privilegiada

Segundo a OMS, mulheres, idosos, pessoas com menos recursos financeiros, portadores de deficiências e doenças crônicas, populações marginalizadas e povos indígenas fazem parte do grupo de pessoas com menos oportunidades de terem uma vida mais ativa.

“Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas no mundo moderno, isso está se tornando cada vez mais um desafio, em grande parte porque nossas cidades e comunidades não são projetadas da maneira correta”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

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