Que existem diversos benefícios da ioga para a saúde ninguém duvida. E o melhor: a idade não é um limite para esse exercício milenar. Basta lembrar que, recentemente, um monge indiano de 120 anos atribuiu sua longevidade à prática diária da atividade.

Trata-se de um treinamento que melhora o funcionamento global do organismo. Do corpo à mente, ela favorece a saúde óssea, melhora a pressão arterial, diminui a dor lombar, estimula a coordenação, o equilíbrio e a postura e aumenta a espessura das camadas corticais do cérebro, além de induzir à concentração e à calma.

Longe do suplício de um exercício repetitivo, a atividade de origem indiana harmoniza o corpo por meio de respiração (pranayamas), posturas (ásanas) e meditação. Se a prática regular de ioga tem como objetivo a eficiência mental e corporal, ela pode ser uma das receitas para levar uma vida mais feliz e gratificante.

“O que acontece é que muitas pessoas começam uma atividade por orientação médica e, exceto as que praticam esporte a vida toda, nem sempre elas têm prazer no que fazem”, observa a professora Beatriz Gaspar, da organização Arte de Viver, que oferece aulas de ioga em todo o país. “Muitas vezes, elas não estão inteiramente presentes na atividade física, só esperando tempo passar, como se estivesse batendo ponto.”

O diferencial da ioga, continua, é que não tem como não estar presente: “Por mais que a pessoa não se tenha disposição, ela trabalha com respiração e consciência, e acaba tendo prazer com ela mesma. É um diferencial até para realizar outros tipos de atividades físicas”.

Para pessoas com mais de 50 anos, a terapeuta afirma que alguns benefícios da ioga são, trazer posturas restaurativas que ativam o sistema endócrino e nervoso, além da consciência corporal, que torna as atividades mais eficientes e com menos gasto energético.

Porém, independentemente da idade, é recomendado que a pessoa saiba se há contraindicações para ela. “Algumas doenças que requerem cuidado são hipertensão e hipotensão arteriais, déficits de locomoção e de visão, labirintite, osteoporose, problemas de hérnia ou de cervical. É possível fazer ioga, mas essas condições exigem cuidados especiais”, alerta.

Outra precaução é procurar aulas que se encaixem com o perfil biorrítmico, ou seja, que se ajustem de acordo com a necessidade de cada pessoa. “O mais importante é que se faça a aula, se conheça o professor e o ritmo para encontrar a proposta que supra a necessidade de cada um. É preciso testar e experimentar”, afirma.

“Na minha área, por exemplo, eu adequo, faço adaptações para pessoas que estão começando e estão em outro ritmo”. Achando o formato ideal, a prática da ioga leva à perfeição – e a uma boa dose de energia extra para ficar em boa forma física e psicológica.

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