Verde, amarelo e branco são as cores da bandeira nacional. Mas também podem ser as cores de uma alimentação saudável. Variar os tipos de alimentos e caprichar na variedade de cores é a receita certa para quem quer ter uma alimentação rica. Ou seja, que contenha vitaminas e minerais que auxiliam no bom funcionamento do nosso organismo. É o que explica a nutricionista Cátia Buscatti.

“Quando a pessoa consome sempre os mesmos tipos de alimento, ela tem uma menor possibilidade de consumir uma série de vitaminas e minerais. São eles que fazem o corpo funcionar corretamente. E em um determinado momento da vida, essa pessoa vai desenvolver deficiência desses nutrientes. Isso pode até acarretar em algumas doenças”, alerta a especialista.

As principais cores de alimentos que encontramos na natureza que podem ser consumidos pelas pessoas são:

Verde escuro: encontrada em vegetais como couve, agrião, espinafre, pimentão e manjericão. É uma cor muito rica em ferro e, por isso, essencial para a prevenção de anemia. Também contêm vitamina A e clorofila, que auxiliam nas ações cicatrizantes e no combate a tumores;

Laranja e amarelo: abóbora, cenoura e manga são alguns exemplos desses alimentos ricos em carotenoides. Trata-se de uma vitamina antioxidante que participa de muitas funções para manutenção do bom funcionamento do nosso organismo. Também temos as frutas cítricas, ricas em vitamina C, um componente essencial para todas as faixas etárias. É antioxidante e evita que a gente desenvolva inflamações e infecções respiratórias e urinárias etc. Além disso, ela participa de vários processos de prevenção de doença do nosso organismo;

Vermelho: tomate, melancia, pimentão, caqui e goiaba, entre tantos outros. São alimentos ricos em licopeno. Ele possui ação antioxidante e ajuda na prevenção do câncer de mama e de bexiga e também atua no combate ao colesterol ruim.

Roxo: uva, jabuticaba, figo, berinjela e açaí são alguns desses alimentos ricos em revesterol, um nutriente muito importante de ação antioxidante que protege o nosso corpo de doenças cardíacas. Também são fontes de vitamina B1, que atua no metabolismo da glicose;

Branco: Batata-baroa, inhame cará, cebola, couve-flor, pêra, nabo e alho poró são exemplos desses alimentos ricos em vitaminas do complexo B e os flavonoides. Eles protegem as células, ajudam no funcionamento do sistema nervoso e na produção de energia. Também são grandes inibidores de coágulos na circulação sanguínea.

Benefícios para as pessoas com mais de 50 anos

Para a nutricionista, uma alimentação saudável para os idosos deve ser muito colorida e festiva. Ela explica que, nessa faixa etária, o apetite das pessoas costuma ficar bastante reduzido, e todas as funções do corpo são mais lentas. Por isso, há uma necessidade grande do consumo de nutrientes antioxidantes, com ação anti-inflamatória, especialmente a vitamina C pra evitar gripes fortes, infecções urinárias, que são doenças que podem causar um agravamento em uma possível desnutrição do idoso.

“É importante também, para a alimentação do idoso, estar atento às fontes de cálcio e vitamina D. A tendência nessa idade é que se consuma menos alimentos ricos em cálcio. Não só leite e derivados, mas também nos vegetais verde escuros, ricos em cálcio, muito importante para a saúde óssea do idoso”, destaca Cátia.

Recomendações nutricionais para uma alimentação saudável

Ao orientar seus pacientes, a Dra. Cátia Buscatti sempre recomenda que, para ter uma alimentação saudável, além de variarem nas cores, as pessoas tenham uma fonte de carboidrato (o arroz é o mais comum; se for integral, melhor ainda, porque temos nele uma rica fonte de fibras, vitaminas e minerais). Também é importante que as pessoas optem por uma leguminosa, que pode ser o feijão (quanto mais variada a cor do feijão no dia a dia, melhor); uma proteína, que tem nutrientes essenciais para manutenção da nossa musculatura, especialmente no caso dos idosos, que perde grande parte de sua musculatura pela diminuição das atividades físicas.

“É muito importante que tenham uma proteína no prato, uma carne magra, um peixe ou mesmo um ovo, e para colorir a refeição, por que não um vegetal verde escuro, um legume colorido, de forma que a cada dia a pessoa consiga comer uma boa quantidade de vitaminas e minerais?”, afirma a doutora.

A especialista também recomenda o consumo de uma fruta cítrica por dia, mais indicado para depois do almoço. Segundo ela, chupar uma laranja ou comer uma fatia de abacaxi após a refeição, além de garantir a vitamina C numa quantidade boa naquele dia, a pessoa ainda vai conseguir absorver e aproveitar mais e melhor os nutrientes como ferro que está presente no feijão e na carne.

Bom apetite!



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