Esquecer o leite aberto na geladeira, consumir alimentos fora do prazo de validade e comprar frutas estragadas no mercado. Esses são hábitos bem comuns aos brasileiros. Porém, eles podem fazer mal à saúde e causar sérias complicações, como, por exemplo, uma infecção alimentar

Cuidar da comida significa cuidar do nosso corpo e do nosso bem-estar. E cuidar da saúde também significa cuidar da Longevidade Financeira. Quando isso não acontece, além de correr o risco de ter uma infecção alimentar, os gastos não planejados para cuidar desse problema impacta diretamente no bolso.

Quando falamos de cuidado com a comida, é preciso atenção. O leite, por exemplo, pode prevenir a osteoporose e ajudar no crescimento dos músculos. No entanto, quando ingerido após a data de validade, pode causar náusea, vômito, diarreia e até febre.

“Todo alimento, quando contaminado ou estragado por agentes biológicos, químicos ou físicos, pode ser prejudicial à saúde”, afirma Luciana Sarmento, nutricionista do Espaço Stella Torreão. Dependendo do tipo de infecção alimentar, as consequências podem ser até mesmo fatais.

Como identificar os alimentos que não fazem bem

De acordo com Luciana, os alimentos que não estão aptos para consumo podem estar ou contaminados ou estragados. Os dois fazem mal à saúde e causam diversos problemas ao organismo. Aqueles contaminados podem ser considerados mais perigosos, já que não é possível perceber apenas pela aparência que estão ruins.

Ela explica que a comida contaminada contém microrganismos patogênicos, ou seja, minúsculas bactérias que podem provocar doenças. “Esses produtos não apresentam alterações em suas características, como cor, odor, sabor e textura, portanto são consumidos sem que se perceba qualquer problema”, afirma a nutricionista. “O consumidor vai perceber depois, com sintomas como dores de barriga, vômitos e diarreia”.

Já os alimentos estragados possuem microrganismos deteriorantes. Eles são responsáveis por provocar alterações de cor, odor, sabor e textura. Por causa disso, esses produtos são mais facilmente rejeitados pelos consumidores, pois é mais fácil identificar quando não estão bons para o consumo.

Luciana, no entanto, pede muita atenção a esses alimentos: “Muitas vezes, as pessoas, principalmente as crianças, não conhecem o cheiro ou o gosto normal de uma comida, e podem comer o alimento estragado por não saber que não está bom”. Por isso, é importante estar sempre de olho.

Um homem segurando um pedaço de bolo com bolor e fungos. Imagem para ilustrar a matéria sobre infecção alimentar.Crédito: victoras/Shutterstock

Como cuidar dos seus alimentos

“A principal forma de fornecer alimentos seguros é evitar que alguns perigos estejam presentes neles”. De acordo com a nutricionista, os perigos podem ser biológicos, químicos ou físicos.

Os perigos biológicos são provocados por microrganismos que não conseguimos ver a olho nu, como bactérias, vírus e fungos. Já os químicos são aqueles causados por desinfetantes, inseticidas, antibióticos, agrotóxicos e outros tipos de veneno que ficam perto ou em contato com os alimentos. Os perigos físicos são decorrentes de materiais que podem machucar, como pregos, pedaços de plástico ou de vidro e espinhas de peixe.

“Quando ingerimos um alimento contaminado ou estragado, podemos contrair as chamadas Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA), síndromes que afetam o consumidor e podem se manifestar através de sintomas gastrintestinais, como diarreia e vômito”, alerta Luciana. Por isso, ela recomenda sempre avaliar muito bem a qualidade e as condições dos alimentos antes que sejam ingeridos.

5 dicas para evitar a infecção alimentar

Luciana dá cinco dicas primordiais para manter uma alimentação saudável e bem cuidada, a fim de evitar a infecção alimentar:

  1. Verifique se o alimento estava armazenado em refrigeração;

  2. Cheque as condições de higiene de quem preparou o alimento;

  3. Tenha cuidado com o estado de carnes, aves, peixes e derivados, assim como de qualquer alimento que contenha leite, creme, creme fermentado ou queijo cremoso;

  4. Não confie apenas na aparência ou no odor para saber se um alimento pode provocar doenças;

  5. Nunca experimente alimentos para verificar se estão bons.

Segundo a nutricionista, algumas comidas podem parecer e cheirar bem, mas, se forem mantidas em temperatura ambiente por tempo prolongado, microrganismos que fazem mal à saúde podem se multiplicar rapidamente. “Além disso, alguns tipos de microrganismos podem produzir toxinas que não são destruídas durante o cozimento”.

Cuidados a serem tomados com alguns alimentos

Leite: depois de aberto, deve ser descartado se mantido acima de 10ºC por mais de duas horas.

Suco de fruta: descartar se estiver turvo, embolorado ou fermentado.

Queijos duros, manteiga e margarina: descartar se estiverem com bolor ou com cheiro de ranço.

Frutas frescas e vegetais: descartar se estiverem com bolor, com odor de fermentação ou com textura fina.

Carnes, aves e peixes frescos: descartar se mantidos acima de 10ºC por mais de duas horas.

Carnes cozidas e cachorro-quente: após o cozimento, descartar se mantido fora da geladeira por mais de duas horas.

Maionese aberta: descartar se mantida acima de 10ºC por mais de duas horas.

O segredo para alimentos saudáveis

A melhor forma de manter os alimentos saudáveis é através da higiene. “Quando temos bons hábitos de higiene, a quantidade de bactérias presentes em nosso meio é bem menor, assim como o risco de acontecer algum problema”, aponta Luciana. “Por isso, é tão importante manter-se sempre limpo e cuidar da limpeza do ambiente e dos alimentos corretamente”.

De acordo com a nutricionista, a higiene é importante para preservar a saúde e prevenir doenças. É preciso estar atento tanto à higiene pessoal e do ambiente, quanto à da comida na hora de manusear alimentos. 

Por isso, pessoas que trabalham com o preparo de comida precisam se manter higienizadas, já que estão diariamente em contato com outros indivíduos que podem ter esses micro-organismos causadores de doenças. “Quando se tem o cuidado de tomar uma série de medidas higiênicas, é possível prevenir a transmissão de diversos tipos de doença, permitindo o bem-estar”, finaliza a nutricionista.


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