Quem nunca sentou em frente à TV e devorou, compulsivamente, uma caixa de chocolate, um pote de sorvete ou um prato de batatas fritas, mesmo sem fome? Calma! A ciência não só tem uma explicação para isso como listou quais são os alimentos viciantes.
Para elaborar o ranking, os autores de um estudo científico publicado na revista “Plos One” pediram a 504 voluntários para identificar quais comidas são viciantes, a partir de uma escala de 7 pontos (na qual 1 é “nada viciante” e 7 é “muito viciante”), de uma lista de 35.
Quais são os alimentos viciantes?
Os alimentos mais viciantes são, nesta ordem:
- chocolate
- sorvete
- batata frita
- pizza
- cookie
- batata chips
- bolo
- pipoca amanteigada
- cheeseburger
- muffin
Em comum: todos os alimentos viciantes são altamente processados, ricos em gorduras ou hidratos de carbono refinados, que fazem aumentar rapidamente a taxa de açúcar no sangue.
Estão ainda associados a obesidade, diabetes e dislipidemias (descontrole das taxas de gordura no sangue), que aumenta a chance de entupimento das artérias (aterosclerose), ataques cardíacos, acidente vascular cerebral e outros problemas circulatórios.
“Muitas pessoas desconhecem o efeito dessa ‘bomba’”
E por que eles são alimentos viciantes? “Como a absorção é rápida, o corpo precisa jogar muita insulina no sangue para dar conta do açúcar. Depois desse pico do hormônio, quando o sangue registra a queda brusca do açúcar, a pessoa fica com vontade de comer de novo e criar aquela mesma situação”, explica a nutricionista Camila Buitoni.
Até pessoas saudáveis, que não costumam exagerar nas frituras, podem ter momentos viciantes, segundo ela. “Muitas delas desconhecem o efeito dessa ‘bomba’. Nesta mesma linha viciante, cito as gorduras, que mandam um sinal diretamente ao cérebro e seu corpo necessita ser reabastecido constantemente com os alimentos que geram uma sensação de prazer.”
Alimentos menos viciantes
Os alimentos menos viciantes são, nesta ordem:
- feijão
- brócolis
- pepino
- água
- arroz integral
- cenoura
- banana
- salmão
- milho
- maçã
“O arroz com feijão, combinação tipicamente brasileira, forma uma proteína de alta qualidade nutricional”
Para os brasileiros, a conclusão da pesquisa não poderia ser melhor. E Camila explica por quê: “O arroz é pobre em aminoácidos lisina, que estão presentes no feijão. Já o feijão não apresenta o aminoácido metionina, que é abundante no arroz. Assim, essa combinação tipicamente brasileira forma uma proteína de alta qualidade nutricional”.
Precisa de mais motivos para priorizar a dupla no seu prato? “Além das proteínas, o arroz oferece carboidratos, vitaminas do complexo B e ferro, além de ser um alimento de fácil digestão, que raramente provoca alergias. O feijão, por sua vez, contém mais proteína do que qualquer outro alimento de fonte vegetal, sendo fonte de vitaminas do complexo B, ferro, potássio, zinco e outros minerais essenciais.”
Para deixar a refeição ainda mais saudável, a nutricionista recomenda incluir uma porção de proteína – que pode ser carne vermelha, frango, peixe ou ovo – e ainda legumes e verduras, de acordo com a preferência de cada paladar.