Mês de março, mês que se fala muito dos direitos das mulheres. O Dia Internacional da Mulher, que é comemorado dia 8 de março, deveria ser marcado pela indignação. Apesar de todas as conquistas, é lamentável que ainda ocupemos um lugar diferente do que realmente temos competência para ocupar.
Você sabia que 35% das mulheres no mundo todo já foram vítimas de violência físico/sexual/verbal, que 37% das mulheres no Brasil não denunciam seus agressores e que em 2017 a taxa de homicídio entre as mulheres negras no Brasil subiu?
Essas são só algumas das tristes estatísticas.
Saber que a mulher ainda é vítima de preconceitos, que alguns homens e até algumas mulheres acreditam que se a mulher for atacada por estar usando um short curto a culpa é dela, saber que as mulheres continuam tendo remuneração menor do que a dos homens mesmo sendo tão qualificadas quanto eles, saber que pais ainda educam filhas para serem princesas e homens para serem os “machos alphas”, definitivamente não são motivos de comemoração, mas de vergonha, muita vergonha.
Inconcebível que mulheres ainda sejam mutiladas em alguns países da África, que algumas religiões em algumas partes do mundo obriguem mulheres a uma vida de servidão e submissão.
O mês em que se comemora o dia internacional da mulher, esse ano aqui no Brasil foi marcado pelo assassinato covarde de uma mulher, a vereadora Marielle Franco.
Mulher, negra, mãe, feminista, socióloga, "cria da favela", como ela mesma gostava de falar, era referência na luta pelos direitos humanos. Carismática, gritava com orgulho uma frase de efeito que arrancava aplausos da plateia: "Lugar de mulher é onde ela quiser".
Lamentavelmente essa mulher referência na luta pelos direitos humanos, mesmo depois de morta, foi vítima de comentários preconceituosos e machistas, por ter sido mãe solteira, lésbica e por sua dedicação à militância na defesa contra ações violentas nas favelas foi caluniada inescrupulosamente.
Por um mundo onde as mulheres não precisem mais provar nada, que possam apenas ser elas mesmas, que sejam doces, que sejam frágeis, que sejam fortes, que sejam tudo, que sejam nada, que não tenham um lugar, que o lugar delas seja pura e simplesmente onde elas quiserem.
A todas as Marielles, assassinadas, violentadas e subjugadas, meu respeito e admiração e como eu costumo dizer nos momentos difíceis:

AVANTE!!!!!

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