Um estudo publicado na edição do dia 29 de outubro de 2019 da revista científica Nature Communications revelou que, até 2050, alguns pontos do litoral brasileiro onde moram aproximadamente 1,4 milhão de pessoas poderão sofrer com inundações anuais com o aumento do nível do mar, e que outras áreas poderão ficar definitivamente submersas, desalojando cerca de 1 milhão de indivíduos.

Em todo o mundo, 300 milhões de pessoas poderão ter que deixar suas casas e a área onde vivem devido às altas das marés. Até 2100, mais 200 milhões de pessoas deverão ser impactadas pelo avanço do mar sobre o continente.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas se basearam na plataforma Coastal Risk Screening Tool (Ferramenta de Risco Costeiro, em português), do Climate Central, uma ONG de pesquisadores e jornalistas que estudam sobre mudanças climáticas.

Segundo o estudo, as tempestades destrutivas alimentadas por ciclones e a alta do nível do mar atingirão a Ásia com mais intensidade. Como os dados que foram oferecidos pela Nasa confundiam telhados e árvores com o nível do solo, a pesquisa utilizou a inteligência artificial para refazer as previsões para 2050.

 “As projeções do nível do mar não mudaram, mas, quando usamos nossos novos dados de elevação, encontramos muito mais pessoas vivendo em áreas vulneráveis do que anteriormente”, afirmou Bem Strauss, cientista-chefe e diretor do Climate Central e coautor da pesquisa.

A expansão da água à proporção que o clima aquece, o derretimento das camadas de gelo da Groelândia e da Antártida, além das tempestades tropicais — tufões, ciclones ou furacões —, ampliados por uma atmosfera quente, são alguns fatores que contribuem para ameaçar as pessoas que vivem próximas a áreas litorâneas.  

Além disso, o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), indica que as fortes tempestades que até recentemente ocorriam uma vez a cada século, em 2050, acontecerão em média uma vez por ano em diversos lugares, principalmente nos trópicos.

Entre 2003 e 2017, os pesquisadores do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), de São José dos Campos, estudaram os impactos das mudanças climáticas na cidade de Santos, em São Paulo.

nível do mar

Santos (SP), cidade que pode ser afetada pela alta do nível do mar. Crédito: Dado Photos/Shutterstock

Os resultados apontaram que dois bairros da cidade paulista, um mais abastado e turístico e o outro mais pobre, são igualmente vulneráveis a ventos intensos oriundos das mudanças climáticas, como as fortes ressacas, que são cada vez mais comuns e causam danos à infraestrutura pública e privada. Outros países que serão afetados pelo aumento do nível do mar são China, Bangladesh, Índia, Vietnã, Indonésia e Tailândia.

O nível do mar e o aquecimento global 

Desde 2006, o nível do mar vem aumentando 3,6 mm por ano. Caso continue nesse ritmo, até 2100 o mar terá subido mais de 1 metro, invadindo áreas costeiras e desabrigando muitos indivíduos. Com a previsão de que a população mundial aumentará dois bilhões até 2050 e mais de um bilhão até 2100, especialmente em megacidades costeiras, mais pessoas serão obrigadas a se adaptar ou sair das áreas de perigo.

Como se proteger contra imprevistos?

A melhor forma de proteger sua família contra acidentes e imprevistos, como uma inundação, é fazer uma reserva de emergência. De acordo com Hirbis Girolli, especialista em finanças pessoais da MAG Investimentos e colunista do portal do Instituto de Longevidade, a quantia guardada em uma reserva vai permitir que você tenha como arcar com gastos que não foram previstos. 

Por exemplo, se sua família for desalojada em função do aumento do nível do mar, a reserva de emergência vai garantir uma proteção financeira até que vocês se reestabeleçam. Para Adriano Milagres, da RD Investimentos, o ideal é começar poupando 10% do seu salário sempre que possível e ajustar conforme suas necessidades, até que vire um hábito.

A partir daí, cuidar muito bem da sua reserva de emergência, como: investir em lugares com uma boa rentabilidade; contratar seguro para imprevistos seguráveis; e não gastar o dinheiro guardado com algo que não é necessário no momento.


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