O que Santos, no litoral, e São João da Boa Vista, na serra, têm em comum? Além de estarem situadas no Estado de São Paulo, são as cidades que oferecem melhor qualidade de vida para pessoas com mais de 60 anos de idade, segundo o recém-lançado Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), iniciativa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP).

Com metodologia inédita, ele analisa sete variáveis _ Indicadores Gerais; Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Educação/Trabalho e Cultura/Engajamento _ e mais de 60 indicadores de 498 cidades brasileiras de grande e pequeno portes, ponderando também o clima. E chega a três rankings: um para o envelhecimento da população em geral; um para pessoas com idade entre 60 e 75 anos e um para aquelas acima de 75 anos.

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“O IDL é mais do que apenas um ranking”, afirma Wesley Mendes-da-Silva, que coordenou a pesquisa na FGV/EAESP. “Trata-se de uma proposta de mudança de visão e atitude, implicando em políticas e práticas na promoção de um envelhecimento ativo”. O relatório, complementa Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto, “vem ao encontro da nossa missão de apontar caminhos para que os brasileiros possam viver mais e melhor”.

“Se os adultos mais velhos são em número cada vez maior e habitam principalmente as cidades, mapear e entender o que influencia seu bem-estar nesses espaços é fundamental”, pondera Noya. “Há evidências de que os ambientes físico e social podem apoiar ou inibir a saúde, o engajamento, a produtividade e o propósito de vida perseguido pelas pessoas no curso de seu envelhecimento”, destaca Mendes-da-Silva.

Na seleção das melhores cidades para envelhecer, a FGV/EAESP encontrou algumas características comuns, tanto nas grandes quanto nas pequenas cidades: força econômica; certa abundância de serviços de saúde; estilo de vida ativo; e oportunidades de estímulo intelectual, além de relativa qualidade da estrutura de habitação, com índices de violência menores, se comparados às demais.

Ao identificar ambientes mais amigáveis aos idosos, assinala Mendes-da-Silva, o poder público pode tomar decisões suficientemente planejadas e assertivas com vistas a promoção e sustentação do padrão de qualidade de vida nas cidades brasileiras. “Em especial, espera-se que a crescente parcela de idosos no país alcance oportunidades de manter-se ativa e engajada, prolongando sua vida com elevados padrões de vitalidade e autoestima.”

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