Garantir a participação ativa das pessoas na sociedade à medida que envelhecem. Uma questão cada vez mais importante e que vem sendo mais debatida, conforme o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional vêm crescendo. No Instituto de Longevidade Moneral Aegon, reforçamos a importância de as cidades estarem bem preparadas para acolher a população mais velha, oferecendo serviços de qualidade que atendam às suas necessidades.
O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), é uma iniciativa do Instituto que avalia como está a qualidade dos serviços considerados mais importantes para esse segmento da população, em 498 cidades brasileiras. Para Antônio Leitão, gerente institucional da organização, “Os espaços urbanos concentram a maioria da população idosa e têm, por isso, um papel importante em garantir a participação ativa das pessoas na sociedade à medida que envelhecem. Se uma cidade está mal-preparada para lidar com o envelhecimento de sua população, o primeiro passo é fazer um diagnóstico que identifique essas condições.”
Com os resultados, podemos identificar os municípios que se destacam, vendo o que tem sido feito de positivo, mas também onde o bem-estar de pessoas idosas é menor e que, portanto, precisa ser melhorado. “O projeto IDL é exatamente esse diagnóstico. A sequência é capacitar os tomadores de decisão para atuar com base no diagnóstico. Esperamos fazer isso a partir de 2018, em um projeto em parceria com o Conselho Nacional do Idoso.” Acrescenta Antônio.
Abaixo iremos listar quais cidades brasileiras que apresentaram desempenho precário no índice agregado e em quais áreas elas precisam melhorar, dentre Indicadores Gerais, Cuidados de Saúde, Bem-Estar, Finanças, Habitação, Educação e Trabalho e Cultura e Engajamento. “Nosso objetivo ao apontar estes resultados não é apenas apontar problemas mas sim identificar prioridades de melhorias para estes municípios” finaliza Antônio.
As 5 cidades grandes com menores níveis de bem-estar
Marabá
Com pouco investimento em políticas e serviços específicos para a população mais velha, Marabá, no interior do Pará, apresenta números baixos clínicas, residências e condomínios residenciais para idosos, ofertando pouca variedade tratamento e habitação para aqueles que não querem ou não podem morar sozinhos ou com parentes.
Ananindeua
Localizado no interior de Alagoas, em Arapiraca a educação voltada para a terceira idade deixa a desejar. Segundo o IDL, a taxa de matrícula de idosos na educação de jovens e adultos ainda é insuficiente, fazendo-se necessário e as autoridades locais passem a investir mais nesse setor, estimulando trazendo resultados positivos como estimulo à capacidade cognitiva de idosos e aumentando as chances desse grupo no mercado de trabalho.
Cabo de Santo Agostinho
No litoral de Pernambuco, Cabo de Santo Agostinho tem resultados ruins para a distribuição de renda, o que afeta o bem-estar de sua sociedade de forma geral. Além disso, alguns fatores que também influem no nível de satisfação das pessoas como o número de salas de cinema e de acesso à internet, estão em níveis precários.
Caucaia
O município cearense teve resultados insatisfatórios em alguns pontos analisados pelo IDL, como por exemplo a área da saúde, onde o baixo número de estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial é um problema a ser resolvido considerando que é um serviço importante, especialmente para crianças e pessoas idosas.
Arapiraca
Localizado no interior de Alagoas, em Arapiraca a educação que atende as pessoas com mais de 60 anos não é bem desenvolvida. A taxa de matrícula de idosos na educação de jovens e adultos está com resultados inferiores ao necessário, segundo análise do IDL.
As 5 cidades pequenas com menores níveis de bem-estar
Buriticupu
A cidade maranhense Buriticupu não tem investimentos satisfatórios na área da saúde. Segundo dados do IDL, o número de cirurgiões, fisioterapeutas e equipamentos para diagnóstico são precários e apontam o trabalho que precisa ser feito no local para melhorar os serviços de atendimento de saúde à população.
Portel
Os serviços voltados para a educação são um ponto fraco e que precisam ser melhorados no município paraense. Dentre os problemas encontrados, estão o desenvolvimento municipal na área da educação, que analisa o número de escolas, qualidade dos profissionais de ensino, entre outros aspectos. Além disso, número de instituições de ensino superior e o acesso a esse segmento da educação também se mostrou abaixo do desejável.
Ulianópolis
Alguns serviços essenciais à população 60+ estão com níveis de oferta abaixo do que é considerado razoável para atender as pessoas da cidade de Ulianópolis no Pará. Para citar alguns exemplos, temos o número de instituições de longa permanência para idosos cadastradas e a quantidade de enfermeiros ofertados na rede de saúde, que apresentaram pontuação baixa no IDL.
Tailândia
Em Tailândia no Pará, fatores como o número de idosos inscritos em planos de saúde e a quantidade de hospitais que oferecem unidades de neurocirurgia estão entre os piores resultados do IDL para a cidade. É necessário que as autoridades da cidade façam investimentos para reverter esse quadro e melhorar a qualidade dos serviços de saúde a seus cidadãos.
Vargem Grande
No Mato Grosso, a cidade de Vargem Grande precisa desenvolver melhor a sua rede de cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que, segundo o IDL, é insuficiente para atender de maneira eficiente todos os seus residentes.
