“O Século XXI não será dominado pelos EUA ou pela China, nem pelo Brasil ou pela Índia, mas pela cidade”. Essa é a visão da consultoria McKinsey sobre o papel das cidades neste século. Um papel de predominância no que diz respeito à tomada de decisão política e econômica, mas certamente também na definição da qualidade de vida dos indivíduos.

 Envelhecimento e urbanização são duas tendências mundiais que se cruzam. Até 2050, 70% da população mundial viverá em cidades, e 21,5% será idosa.

O crescimento da relevância das cidades em diferentes âmbitos ocorre ao mesmo tempo em que o número de residentes em áreas urbanas aumenta em todo o mundo (54,5% da população mundial vive em cidades em 2016; serão 70% em 2050) e também o envelhecimento populacional (12% da população mundial tem acima de 60 anos em 2015; o número será 21,5% em 2050).

Reflexo da preocupação do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon com essas tendências e de como elas convergem, o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade foi desenvolvido em parceria com a Fundação Getulio Vargas para identificar o grau de bem-estar oferecido por 498 municípios brasileiros a seus habitantes idosos.

O desejo das pessoas, à medida que envelhecem, é permanecer em suas comunidades. As tecnologias podem ajudar a viabilizar, aumentando a autonomia dos idosos. 

Nesse aspecto, é cada vez mais claro que o desejo das pessoas, à medida que envelhecem, é permanecer em suas comunidades e em suas casas, mesmo que convivendo com algum grau de limitação física ou cognitiva. Uma das variáveis fundamentais para viabilizar isso são as tecnologias, que estendem a autonomia e a independência das pessoas mesmo em idades mais avançadas.

Em junho, o Instituto de Longevidade participará do evento Connected Smart Cities, que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades. Além disso, as cidades mais inteligentes são premiadas. Para entendermos o que são smart cities (do Inglês, cidades inteligentes), como elas podem podem facilitar o bem-estar dos idosos e da população em geral, conversarmos com Sabrina Leme, uma das responsáveis pela organização do fórum. Conheça em: http://www.connectedsmartcities.com.br/ 

O que é uma Cidade Inteligente?

Acredito que uma Cidade Inteligente (ou Smart City) é aquela que cresce de forma planejada por meio de análises do desenvolvimento de alguns indicadores básicos como economia, mobilidade, governo, meio ambiente, urbanismo e qualidade de vida.

Que benefícios uma cidade inteligente pode trazer ao seus idosos?

Uma cidade inteligente permite que tanto o governo quanto os cidadãos e empresas possam ter uma visão mais clara da realidade da cidade. Isso minimiza os impactos dos problemas das cidades, e proporciona uma vida com mais qualidade, mais moderna, e, portanto, mais inteligente. A tecnologia tem um papel importante nesse sentido, ao empoderar os cidadãos para atuar e usar a cidade de outras formas. No caso das pessoas idosas, garantindo autonomia por mais tempo e combatendo o isolamento social, por exemplo.

Como as cidades brasileiras estão se preparando para se tornarem inteligentes?

As cidades brasileiras estão explorando as potencialidades de ser uma “Cidade inteligente” de várias maneiras. Revitalização de áreas urbanas degradadas por meio de parcerias público-privadas; o uso de novos modelos de urbanização, amparados em conceitos como o de cidade compacta, eficiência energética e redução no consumo de água; todas essas práticas já foram adotadas por municípios brasileiros. O Connected Smart Cities cumpre o papel de divulgar e estimular que se espalhem por todo o território nacional.

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