Você sabia que a cidade onde você mora pode influenciar diretamente na adoção de hábitos saudáveis? Se essa é uma preocupação sua, fique sabendo: a melhor cidade do Brasil para quem busca um estilo de vida saudável é São Caetano do Sul, em São Paulo. É o que mostra o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), iniciativa do Instituto de Longevidade MAG com metodologia da Fundação Getulio Vargas.

A segunda edição do índice (a primeira foi lançada em 2017) analisou 876 municípios em 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais. A partir dos resultados, o IDL tem como objetivo, não apenas revelar as boas práticas das cidades em destaque, mas também apontar rumos para melhorias na gestão pública em prol dos idosos.

“O aumento da longevidade de nossa população é uma conquista que traz desafios e oportunidades para toda a sociedade. Estamos certos de que o IDL 2020 é uma ferramenta moderna e única no Brasil com potencial de direcionar a criação de projetos públicos e novos negócios mais consistentes com a nova realidade demográfica do país”, afirma o diretor-executivo do Instituto de Longevidade MAG, Henrique Noya.


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Trata-se de uma estratégia também incentivada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio do projeto Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS). Nele, a OMS promove a ótica da saúde como qualidade de vida, tendo como enfoque estratégico os determinantes da saúde mais do que as consequências em termos da doença.

"Estudos mostram que pessoas que vivem em bairros com presença de vegetação e natureza, com oferta de espaços públicos de lazer e esporte, com rede cicloviária são mais propensas a desenvolver atividades físicas e possuem melhor saúde, física e mental. Considerando que 55% da população mundial vive nas cidades e que no Brasil são 85% vivendo nas cidades, precisamos trabalhar para produzir saúde, promover ambientes urbanos promotores de saúde", afirma a professora Doutora em Planejamento Urbano e Regional Daniella do Amaral Mello Bonatto.

Ela também destaca que o planejamento para uma vida com longevidade deve levar em consideração não apenas a cidade, mas também o bairro que escolhemos para viver desde a juventude. "A escolha de uma cidade para se envelhecer é algo que deve ser pensado desde muito cedo, como se planeja o futuro. Mas é importante frisar que a preocupação com o envelhecimento e o cuidado na velhice deve ser de todos nós, desde sempre. E isto deve ser trabalhado desde a infância – seja na educação formal, seja em casa. É uma construção cultural e necessitamos de uma mudança nesse sentido", acrescenta.

Melhor cidade brasileira para a longevidade

Um estilo de vida saudável é a chave para a manutenção de uma alta qualidade de vida, em especial entre indivíduos idosos. Exercitar-se regularmente, ingerir frutas e legumes e bebidas que contenham menos açúcar são apenas alguns exemplos do que os adultos mais velhos podem fazer para manter a sua saúde. Esses comportamentos reduzem a probabilidade do surgimento ou agravamento de doenças crônicas, o que ajuda na manutenção do bem-estar dos indivíduos.

Estudo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) aponta que “a adoção de hábitos saudáveis é favorecida ou dificultada pelo ambiente construído e pelo modo como a cidade está organizada”. Neste sentido, as pesquisas mostram que morar próximo a um parque, por exemplo, pode reduzir o risco de infarto do miocárdio, enquanto a exposição à poluição do ar ambiente aumenta o risco.

"Se tivermos as cidades adequadas para o envelhecimento humano ativo e saudável, não será necessária uma preocupação excessiva e temerosa com o envelhecimento, nem com a necessidade de escolher uma outra cidade para se envelhecer. Toda cidade pode e deve ser amiga do idoso. Toda cidade pode e deve ser promotora de saúde e do envelhecimento ativo. É possível e é necessário", afirma Daniella.

Classificação

Estreante no IDL, a cidade de São Caetano do Sul foi classificada como a melhor cidade do Brasil na variável bem-estar com destaque à proporção de estabelecimentos de atividades de condicionamento físico. O município também está bem ranqueado quando o indicador é a proporção de fisioterapeutas, ocupando o 3º lugar.


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Já quando se fala em cidades com menos de 104 mil habitantes, o destaque do IDL fica para Adamantina, também em São Paulo. A infraestrutura para cuidados de saúde foi um impulsionador para colocar o município em primeiro lugar no ranking de melhores pequenas cidades para a longevidade.

E você, o que busca em uma cidade para viver após os 60 anos? Outros indicadores avaliados pelo Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) ajudam a revelar o panorama das cidades para quem busca uma vida saudável. Confira as cidades mais bem colocadas no ranking de outras categorias e faça o teste para avaliar qual cidade é mais compatível com você.

Top 5 no Indicador “Estabelecimentos de atividade de condicionamento físico”

1º lugar - Florianópolis (SC)

2º lugar - Balneário Camboriú (SC)

3º lugar - Atibaia (SP)

4º lugar - São Caetano do Sul (SP)

5º lugar - Americana (SP)

Top 5 Indicador “Lanchonetes, casas de chá de sucos ou similares”

1º lugar - Balneário Camboriú (SC)

2º lugar - Caraguatatuba (SP)

3º lugar - Florianópolis (SC)

4º lugar - Paranaguá (PR)

5º lugar - Rio das Ostras (RJ)

Top 5 Indicador “Número de Fisioterapeutas”

1º lugar - Poços de Caldas (MG)

2º lugar - Niterói (RJ)

3º lugar - São Caetano do Sul (SP)

4º lugar - Vitória (ES)

5º lugar – Palmas (TO)

Top 5 Indicador “Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – Longevidade”

1º lugar - Balneário Camboriú (SC)

2º lugar - Blumenau (SC)

3º lugar - Brusque (SC)

4º lugar - Joinville (SC)

5º lugar - São Caetano do Sul (SP)

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