Cerca de metade dos reajustes salariais em julho ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ou seja, cinco em cada dez reajustes, ou 48,1%, não recuperam as perdas da inflação dos 12 meses anteriores. No mês, o reajuste médio negociado ficou em 11,9%.

Na média, o percentual é igual à inflação acumulada nos últimos 12 meses. Em julho, a soma foi de 11,9%. O piso mediano, por outro lado, ficou em R$ 1.523, valor 25,7% acima do salário mínimo. 

O levantamento conta no boletim Salariômetro - Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas, que é divulgado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Além dos reajustes salariais em julho, o estudo mostra que 33,2% das negociações ficaram acima da inflação.

Dentro do período de análise do estudo, 289 documentos, sejam acordos ou convenções, foram assinados com reajuste. Foram 16.703 nos últimos 12 meses.

Reajustes salariais de acordo com setor

O pior resultado foi para os profissionais que atuam em empresas jornalísticas. O reajuste médio real foi negativo, sendo de -4,19%. O que indica que não recuperaram a inflação.

A Fipe ainda traz uma prévia de agosto, indicando que 70,3% de negociações de reajustes salariais serão menores do que o INPC.

Segundo o levantamento, 1,7% serão iguais e 20% maiores que a inflação.

Contudo, a instituição alerta que os valores são sujeitos a flutuação e que podem sofrer alterações futuras.
Uma carteira assinada sobre uma mesa preta, com um carimbo. Imagem para ilustrar a matéria sobre reajustes salariais. Crédito: Brenda Rocha - Blossom/shutterstock

Como funciona a pesquisa de reajustes salariais

Todo o acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio de registro de acordo no Mediador do Ministério da Economia, do governo federal.

Com isso, a Fipe coleta dados disponíveis no sistema e, então, organiza os valores observados. A organização é feita a partir de 40 resultados de negociações coletivas e é separado de acordo com atividades e setores.


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